Longe dos consultórios: telemedicina ajuda a manter tratamentos e diminuir impactos de “terceira onda” da pandemia
Ferramenta pode evitar que pacientes interrompam cuidados com doenças crônicas ou tenham diagnósticos tardios
Leonor tem 65 anos, já sofreu um infarto e é hipertensa. Está no grupo de risco para a COVID-19, precisa de acompanhamento médico, porém tem recomendação para se manter em isolamento. Luciano mora em uma cidade do interior, precisa de consulta com um especialista, porém não pode viajar. Esses são personagens fictícios, mas que exemplificam a realidade de muitos pacientes em todo o país. Para pessoas como eles, a telemedicina, serviço que oferece consultas médicas por meio de videochamadas ou telefonemas, é a solução para manter os cuidados com a saúde.
A telemedicina já é uma realidade em diversos países do mundo e foi recentemente liberada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil devido à pandemia da COVID-19. O Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), lançou, no início de abril, o serviço para pacientes com sintomas respiratórios, com o objetivo de orientar a população e otimizar o volume de consultas no Pronto Atendimento. A experiência bem-sucedida inspirou a implementação de um serviço de telemedicina em diversas especialidades médicas. “A necessidade de isolamento social e o medo de contágio têm afastado pacientes dos consultórios médicos, o que coloca a saúde em risco”, comenta o médico e gerente técnico do Hospital Marcelino Champagnat, Rogério de Fraga.
Desde o início da pandemia, especialistas em todo o mundo já temiam os impactos da interrupção ou adiamento do tratamento de pacientes com doenças crônicas, a chamada “terceira onda” da pandemia. Além disso, o receio de uma consulta presencial pode acarretar no diagnóstico tardio de doenças ainda não detectadas e agravar quadros clínicos. “A telemedicina surge como uma alternativa para manter o acompanhamento médico e também possibilita que o paciente avalie rapidamente sintomas que está sentindo e se consulte com especialistas de regiões diferentes”, comenta o médico.
Por meio de teleatendimento é possível manter um acompanhamento de doenças crônicas com maior frequência e, com o receituário digital, é possível emitir uma receita para o paciente comprar medicamentos nas redes de farmácias credenciadas com esse sistema. O médico tem ainda a possibilidade de emitir guias para solicitação de exames.
Como funciona
As consultas por telemedicina podem ser agendadas pelo aplicativo ou site do Hospital Marcelino Champagnat. Após cadastro prévio, o paciente seleciona a especialidade que deseja, verifica o currículo do médico e programa a consulta conforme agenda disponibilizada pelo médico.
A consulta por videochamada pode ser realizada pelo site do Hospital ou por smartphone, neste caso sendo necessário baixar o aplicativo próprio para isso. O valor da consulta deve ser pago por cartão de crédito, conforme valor estabelecido pelo próprio médico.
Sobre o Hospital Marcelino Champagnat
O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).
Fonte: Dr. Rogério de Fraga, gerente técnico do Hospital Marcelino Champagnat da personagem: Julia Ingrid Ribeiro da Silva, consultora , 30 anos