Com ou sem feriado, Carnaval é motivo de alerta para infectologistas nos cuidados com COVID-19
Ideal é evitar aglomerações e continuar utilizando máscara e higienizando as mãos constantemente
Os mais tradicionais carnavais brasileiros foram cancelados ou adiados, o governo federal decidiu que os dias 15 e 16 e até às duas horas da tarde do dia 17 serão pontos facultativos, decisão que muitos estados brasileiros devem aderir. Fato é que, apesar de ser um carnaval diferente devido à pandemia do coronavírus, há a possibilidade de muita gente optar por viajar ou sair de casa nesse período – seja para aproveitar o feriado prolongado ou a possibilidade que o trabalho remoto oferece de “cumprir expediente” no chamado anywhere office, com profissionais trabalhando de qualquer local. O que preocupa as autoridades de saúde.
A infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia e Infecção Hospitalar do Hospital Marcelino Champagnat, Viviane Hessel, alerta que as medidas de prevenção precisam ser mantidas. “O uso da máscara em espaços públicos, distanciamento de 1,5 metro e a higienização constante das mãos são as maneiras mais seguras para prevenir a doença”, ressalta.
Outras dicas importantes são evitar tanto aglomerações, quanto cumprimentos com contato físico (beijo e abraço) e ter sempre álcool em gel por perto.
Na praia, destino certo até então de muitos foliões, os cuidados devem ser mantidos, inclusive com a utilização da máscara para quem está aproveitando o sol em contato próximo com outras pessoas ou em ambientes públicos. “A pandemia não acabou, a transmissão do vírus é principalmente por via respiratória e pode ocorrer um a dois dias antes dos sintomas aparecerem. É fundamental mantermos as medidas, não dá para descuidar”, explica a infectologista.
Sintomas
Os principais sintomas da doença são dor de garganta, tosse seca, dor no corpo e de cabeça e febre (que não acontece em todos os casos). “As pessoas precisam estar atentas a qualquer um desses sintomas e, assim que surgirem, ficar em isolamento até que se tire a dúvida. Estamos todos cansados da pandemia, mas precisamos pensar no coletivo e não expor a um risco desnecessário nossa família e nossos conhecidos”, frisa a médica.