Sindicato anuncia que professores e funcionários não retomarão atividades presenciais nas escolas públicas
Educadores afirmam que são favoráveis ao retorno presencial, mas não nas condições atuais das escolas e da pandemia.
Na quinta-feira (11), às 10 horas, a direção da APP-Sindicato organiza uma coletiva de imprensa virtual com a participação do biólogo Lucas Ferrante, pela gravidade de se iniciar as aulas presenciais nas escolas no estágio atual da pandemia. Estamos no pior cenário de contaminação e óbitos desde o início da Covid-19, no Paraná. Faz um ano que a sociedade luta para viver e sobreviver.
O presidente do Sindicato, Hermes Silva Leão, convida toda a imprensa a se juntar neste momento difícil para verificar a realidade das escolas públicas e suas condições, por isso, a greve que já havia sido definida em Assembleia da categoria volta a prevalecer. É a greve em defesa da vida e da saúde!
“A APP-Sindicato vem se posicionando de forma bem objetiva na defesa da vida e da saúde da nossa nossa categoria, dos nossos estudantes, familiares e da sociedade paranaense. Entendemos que neste momento é necessário que o governo Ratinho Junior aprofunde as medidas de restrição para um lockdown total do estado do Paraná, imediatamente, para que assim o nível de contaminações e o alto índice de óbitos sejam barrados na gestão da pandemia”, reforça Hermes.
Os números mostram que Curitiba deve registrar 80 mortes diariamente no final deste mês de março, caso não sejam tomadas medidas para elevar o isolamento social. É o que aponta a Nota Técnica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia sobre a epidemia na capital paranaense. Na contramão dos que ainda insistem na volta às aulas presenciais, o estudo recomenda mais restrições aos deslocamentos para impedir que o coronavírus continue se espalhando sem controle.
Saiba mais sobre Lucas Ferrante – Biólogo, mestre em biologia, doutorando em biologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que coordenou a nota técnica a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas e o trabalho também de classificação dos povos indígenas como grupo de risco da Covid-19.