Capacetes que salvam vidas: empresa paranaense já produziu mais de 21 mil unidades
Capacetes que salvam vidas: empresa paranaense já produziu mais de 21 mil unidades
Em março de 2021, a empresa registrou um aumento de 632% em vendas com relação ao mês de fevereiro deste ano
Enquanto alguns países começam a retomar a normalidade em suas vidas, devido à imunidade de rebanho pós-vacina, o Brasil se prepara para uma possível nova onda de agravamento de casos da Covid-19. Infelizmente, o País enfrenta grande dificuldade para vacinar a população e ainda problemas técnicos como o número de ventiladores mecânicos, essenciais para tratar os casos mais severos da doença.
Com os casos aumentando e tendo como agravante da pandemia a falta de respiradores e oxigênio para a população, que empresas passaram a buscar alternativas e “soluções de emergência” para ajudar nessa batalha. Segundo o Ministério da Saúde, há 65.411 ventiladores mecânicos no Brasil, sendo que 46.663 estão no Sistema Único de Saúde (SUS). Do total, 3.639 encontram-se em manutenção ou ainda não foram instalados.
E assim, uma técnica “simples”, baseada em terapias da década de 80 e 90 dos Estados Unidos, foi aprimorada e os novos modelos de “capacete de astronauta” para ventilação não invasiva surgiram na linha de frente, ganhando força no mercado nacional de combate ao coronavírus.
Trata-se de um recurso de respiração artificial não invasivo, que pode reduzir de forma considerável a necessidade de encaminhamento para UTI e intubação de indivíduos acometidos pela Covid-19. Isso porque o equipamento cumpre o objetivo de oferecer todo o suporte ventilatório necessário, além de, também, ser eficiente em outras doenças que acometem o pulmão e comprometem a oxigenação, como edema pulmonar e pneumonias. O 7Lives – Helmet, interface de ventilação mecânica não invasiva (VNI) está devidamente regulamentado e registrado na ANVISA. Um equipamento que pode ser usado associado a um ventilador mecânico, como também somente com fluxômetros + válvulas de PEEP.
A Medicalway Equipamentos Médicos, empresa paranaense com mais de 20 anos de mercado, se uniu com outras empresas renomadas da área médica, e assim criaram o 7Lives – Helmet – uma solução alternativa, rápida, eficiente e com um custo acessível que suprisse a falta de ventiladores e leitos de UTI. Desde o início da pandemia já foram mais de 1.500 horas trabalhadas dedicadas a produção com mais de 21 mil unidades produzidas, que estão salvando vidas pelo Brasil todo. “Em uma pandemia de doença respiratória, é imprescindível alternativas urgentes para dar suporte para a linha de frente e assim criar um produto de rápida reprodução e mais barato. Um Helmet hoje representa menos de 2% do custo de um ventilador de UTI”, explica Antonio Mello, Diretor Geral da Medicalway. Em março de 2021, a empresa registrou um aumento de 632% em vendas com relação ao mês de fevereiro deste ano. Foi quando aumentou a capacidade de produção para atender aos diversos pedidos pendentes.
Os capacetes, são diferentes das máscaras e funcionam como “bolhas” que envolvem a cabeça do usuário, sendo fixado ao pescoço por meio de uma base que impede a passagem do ar. Com a inserção de oxigênio e ar comprimido, o equipamento proporciona uma pressão positiva para auxiliar o indivíduo que apresenta problemas de oxigenação. “As máscaras pegam a face como um todo e muitas vezes fazem feridas no rosto do paciente devido ao uso prolongado – escaras, úlceras. Já o capacete tem melhor conforto, melhor vedação e prolonga o tempo de uso. Outra vantagem é a visão de 360 graus e a não contaminação da equipe de trabalho”, explica Mello.
Segundo diretor geral da Medicalway, a empresa atualmente produz aproximadamente 1.500 unidades por dia, com capacidade de aumento de produção para assim suprir a demanda de emergência no país. O 7Lives – Helmet já faz parte de vários hospitais pelo Brasil públicos e privados e ainda está em negociação com muitos Estados, clínicas e hospitais em território nacional.
Infelizmente o Paraná está entre os Estados que já sinalizou uma possível nova onda, com os casos positivos em alta desde a última semana. “Em quinze meses de pandemia tivemos várias ondas. Tudo indica que estamos indo para uma quarta. Nossa expectativa com a bandeira é de baixar os casos. Temos uma transmissão de 1.06, um aumento de procura nas unidades básicas, aumento de exames positivados”, alertou a secretária de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak em entrevista recente. E mesmo sabendo desta alta de casos, não é possível prever, com exatidão, a quantiedade de aparelhos que o país necessitará nas próximas semanas e por isso mesmo que a força tarefa de empresas e empresários é tão importante nessas situações mais graves.
O produto na prática:
A técnica utiliza dois recursos para elevar o nível de proteção do pulmão. Sendo a primeira, cateter nasal de alto fluxo, que tem a função de aplicar frequentemente ar umidificado a 100% por meio das narinas, com o intuito de lavar a região atingida do pulmão, além de eliminar as moléculas de gás carbônico na expiração, o que minimiza a sensação de falta de ar e reduz o trabalho feito pelos músculos responsáveis pela inspiração.
Já na segunda técnica, o capacete é acoplado a um ventilador mecânico, provocando uma pressão ininterrupta das vias aéreas superiores, o que faz com que o indivíduo consiga ter uma melhor respiração.
Quando o equipamento é conectado a uma válvula de pressão expiratória final positiva (PEEP), ocorre uma maior pressão no pulmão, bem como ao oxigênio, chegando à pressurização da via aérea do paciente, assim como ocorre na ventilação não invasiva. Contudo, nesse formato, a utilização do ventilador mecânico é evitada, levando à diminuição de inflamações nas vias aéreas, provocadas pelo esforço respiratório ao longo desse período da doença. Entre as principais características do produto estão:
- a estrutura permite a constituição de um ambiente com pressão positiva e enriquecida com oxigênio;
- a maior parte do material é composta de PVC atóxico e a membrana de vedação do pescoço feita com látex ou silicone, contribuindo para a adequação a qualquer paciente;
- possui alças de polipropileno com fechos adaptáveis e neoprene, para fixar o produto na cabeça, além de dar segurança, fácil limpeza e conforto aos pacientes;
- interface que tem auxílio de duas válvulas para conexões dos ciclos de fluxo inspiratório e/ou expiratório.
- As equipes da saúde e pacientes ficam protegidos dos riscos de contaminação pelo ar.
- Pode ser utilizado em qualquer ambiente intra-hospitalar.
- Além disso, o 7Lives Helmet disponibiliza, como opcionais, o Kit de Válvula PEEP, o que possibilita o suporte ventilatório ao paciente ligado diretamente à rede de gases do hospital, sem a necessidade de um ventilador mecânico.
Além disso, perto da boca do usuário há uma válvula de alimentação que viabiliza tanto a ingestão de líquidos quanto de alimentação, por meio da passagem de sondas.
O 7Lives – Helmet já é utilizado em diversos hospitais pelo Brasil inteiro, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Amazonas.
Sobre a Medicalway – A Medicalway é uma empresa que atua no mercado de equipamentos médicos há mais de 20 anos. Atualmente conta com sedes no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e um time formado por mais de 70 profissionais, alguns com mais de 25 anos de experiência nesse mercado. O objetivo, que hoje é realidade, é disponibilizar as melhores tecnologias, preços, financiamentos e condições acessíveis ao mercado, acompanhamento pós-venda e suporte técnico qualificado e ágil, sempre à disposição dos clientes.