Caderneta de Vacina é “guia de melhores práticas na imunização das crianças”, afirma especialista
Pandemia piora cenário de vacinação infantil no país.
Maringá, agosto de 2021 Com a pandemia da Covid-19, outras áreas da saúde ficaram de lado, entre elas e vacinação das crianças. Até 19 anos de idade há um calendário próprio e recorrente para cumprir de vacinas preventivas de doenças já erradicadas no Brasil, como a poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil. De acordo com os registros dos últimos anos houve uma queda significativa de vacinação e o país perdeu certificados importantes de erradicação de doenças já controladas. Para auxiliar quem tem criança ou adolescente em casa a atualizar a caderneta de vacina dos pequenos, algumas medidas podem ser tomadas.
De acordo com a diretora médica do São Camilo, unidade de medicina diagnóstica da Dasa, Dra. Myrna Campagnoli, a caderneta de vacina é um guia de melhores práticas para a vacinação de crianças e adolescentes. Mesmo com todo o transtorno gerado pela pandemia quanto à atualização de vacinas, ela garante que o importante é que a criança e/ou o adolescente tome as doses indicadas, ainda que estejam um pouco atrasadas. “Não existe risco nenhum de se fazer a dose atrasada, mesmo que a idade esteja diferente da que está indicada na caderneta. O benefício vai ser o mesmo. A vacina continua tendo o mesmo nível de proteção”, explica.
A reação que algumas vacinas podem gerar já é comum na dinâmica infantil, mas o tema ganhou ênfase com os imunizantes contra o coronavírus. “As vacinas são eficazes e seguras. Antes de serem aplicadas, passam por muitas pesquisas clínicas de longa duração e testes, e os efeitos colaterais são conhecidos, como dores locais, risco de febre ou dores no corpo. Eles geralmente são sintomas limitados e os mais graves são raríssimos”, afirma a dra. Myrna. Ela indica que antitérmicos e analgésicos são recomendados pelos pediatras para serem administrados nas crianças caso essas reações apareçam.
A especialista ainda aponta a necessidade de manter a vacinação contra doenças que não existem na região onde a criança ou o adolescente mora: “Se na sua região não há casos de determinada doença muito provavelmente é pelo alto índice de vacinação contra elas, principalmente as endêmicas, como a febre amarela, porque gera uma proteção permanente, de longa data. Além disso, caso haja alguma viagem para um local onde há incidência dessa doença, a criança ou adolescente já estará vacinado”, finaliza.