Não transforme sua identidade para caber no mundo de alguém!
O que te traz uma grande demanda emocional, pode estar sinalizando que o caminho é outro!
Na vida, nas relações pessoais vivemos isso, com frequência, e na maioria das vezes passa ser tão comum que não enxergamos, apenas obedecemos. Esse tipo de comportamento destrói a alma e desnutri as emoções.
Mudar sua identidade com objetivo de encaixar no mundo de alguém, é uma tortura dupla — tanto para quem pratica, quanto para quem recebe. Melhorar comportamentos, ideias, ou até manias com a finalidade de agradar, pode até ser saudável, prazeroso e inovador, desde que isso não invade sua essência. No entanto, se está lhe causando um grande desconforto, seu lugar possa não ser ali.
Quando estamos na direção certa, o coração aquece, sorri, não há espaço para “mal-estar”, nem conflitos, muito menos dúvidas. Há uma troca prazerosa, os objetivos são parecidos, há uma sintonia no percurso. O contrário disso, é mero desgaste. Se formos usar uma analogia bem simples, é como sinal de trânsito — no verde siga, amarelo fique alerta, no vermelho já deu — pare! Na grande maioria das vezes, o nosso sinal funciona, apenas não obedecemos. As consequências, são as mesmas do trânsito, basta refletir um pouco.
Às vezes, passamos uma vida mirando a direção errada por não nos escolhermos em primeiro lugar. Se escolha sempre! O sinal mais importante a ser ouvido, é aquele que o seu coração emite. Muito provavelmente, ele também vai errar, mas pelo menos, erramos em plena consciência que a escolha errada foi nossa, e jamais do outro. Assim, o acerto de contas é conosco mesmos, e temos a tendência a nos perdoar com mais facilidade.
Não se diminua para caber no molde, nas regras, na vida do outro, pois, temos o nosso pilar interno, que construímos ao longo das nossas vivências. Isso só podemos mudar, se assim sentirmos necessidade.
Tentar enquadrar nessas regras, é como calçar um sapato de número menor — dói, incomoda e não conseguimos ficar muito tempo.
Às vezes, não tem nada de errado com o outro lado, apenas não nos serve, não atende aos nossos gostos, e se insistirmos, estamos ferindo a nós mesmos.
Se pararmos para analisar determinadas situações, vamos perceber que estamos avançando o sinal. Então, toda vez que houver uma persistência de desconforto, permita-se parar no sinal amarelo. Lá, é onde está o alerta, os sinais, as intuições, e conseguimos observar se aquilo faz sentido, se queremos viver daquela forma, e como nos vemos naquela situação ao longo da nossa vida.
Muito provável que teremos alguma resposta da nossa maior bússola — o coração. Basta ouvir com empatia. Se ele nos permitir avançar, seguimos bem, acolhidos e satisfeitos, porém, se seguirmos sem essa permissão, pagamos a conta — fato. No entanto, pagamos com gosto de que a escolha foi nossa, fomos escolhidos e acolhidos. Por isso, se priorize sempre!