Qual a relação de negócios da FIB Bank, investigada pela CPI da Covid, e o Governo do Paraná?
Durante a audiência da CPI da Covid esta semana no Senado Federal, uma série de inconsistências sobre o quadro societário e a capacidade financeira de uma empresa, a FIB Bank, que teria atuado como fiadora da Precisa Medicamentos nos contratos com o Governo Federal, chamou a atenção dos senadores.
Mas enquanto a CPI apurava as possíveis irregularidades na negociação da vacina Covaxin e os motivos que levaram a contratação da empresa (que sequer é uma instituição financeira, apesar do nome), aqui no Paraná houve quem se atentasse para um outro detalhe ainda mais curioso. Na capa do site oficial dessa FIB Bank está a lista de clientes atendidos por ela e, dentre eles, está a Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná.
Os senadores chegaram a dizer que essa FIB Bank seria uma empresa fantasma e, durante a audiência da CPI, recebeu até o apelido de “Lorota Bank”, fazendo referência ao termo inglês fib, que em português significa “mentira”.
Por isso, para esclarecer quais foram os trabalhos realizados entre o Governo do Estado e a empresa investigada pela CPI da Covid, o Deputado Requião Filho protocolou hoje um pedido de informações questionando a SEFA sobre o assunto.
“Queremos saber que negócios essa empresa tem ou teve com o Paraná. Enquanto deputado estadual, é meu dever fiscalizar as contas públicas e saber que tipo de carta fiança foi disponibilizado ao Estado, com que finalidade e sob qual perspectiva de garantias”, justificou.
Caso tenha existido alguma relação, o deputado solicita no documento o fornecimento de cópia integral dos contratos e planilhas, detalhando quais bens foram estabelecidos como garantias, bem como seus valores. A SEFA tem trinta dias para fornecer as respostas.