Contrariando tendência nacional, índice de Intenção de Consumo das Famílias cresce novamente no Paraná
ndicador aferido pela CNC e Fecomércio PR tem quinta alta consecutiva no estado
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), teve nova alta no Paraná, a quinta consecutiva. Contrariando a tendência nacional de queda, o indicador paranaense subiu 1,8% na variação de outubro para novembro, atingindo 97,5 pontos.
Na média brasileira, após quatro meses consecutivos de alta e estabilidade em outubro, houve redução de 0,9%, que registrou 73,4 pontos, permanecendo abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos, algo que vem acontecendo desde abril de 2015.
O crescimento do ICF paranaense é puxado principalmente pelas famílias de maior renda, entre as quais o indicador subiu 7,7% neste mês e marca 112,8 pontos. Entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos o crescimento foi menor, de 0,4%, com 94,2 pontos.
Apesar das altas no indicador de consumo das famílias dos últimos meses, o resultado de novembro (97,5 pontos) ainda é menor do que no período pré-pandemia, em novembro de 2019, quando marcava 108,6 pontos. Já na comparação com novembro de 2020, momento em que o ICF estava em 92,8 pontos, observa-se elevação de 5,1%. Tal fato se justifica porque apesar do abrandamento da pandemia, ela ainda não acabou, o que somado a crescentes problemas financeiros nacionais, dentre eles, a inflação, alta do dólar e do petróleo, interfere nos ânimos de consumo das famílias.
A pesquisa da CNC e Fecomércio PR avalia sete pontos para composição do indicador. O aspecto segurança no Emprego Atual (112,8 pontos) cresceu 1,6% na variação mensal, bem como a Perspectiva Profissional, com elevação de 8,3%.
Apesar do aumento de 2,2% no fator Renda Atual na comparação com outubro, os paranaenses estão com mais dificuldades de Acesso ao Crédito, quesito que caiu 5,9% na variação mensal e 16,5% em comparação com novembro de 2020, evidenciando que o processo inflacionário tem dificultado a obtenção de empréstimos ou compras a prazo.
Mesmo com as adversidades no campo econômico, existe um crescimento de 53% em relação ao ano anterior na Perspectiva de Consumo, que se mantém estável em relação ao mês anterior, com variação mensal de 0,4%. Já o aspecto Momento para Duráveis cresceu 1,4% na comparação com outubro.