Reflexão para 2022 – Custou sua paz, é caro demais
Vencemos mais esse ano. Após tantos desafios, mudanças, adaptações, perdas entre outras situações, encerramos mais esse ciclo em nossas vidas. Para uns, ficaram marcas irreparáveis, para outros a guerra foi intensa, mas alcançaram vitória. Foram tantas situações desesperadoras, que o até os mais fortes se intimidaram, e muito. Foi uma sensação de perda, de incerteza, de incapacidade sem explicação, como escalar uma montanha, presos em cordas feitas de “barbante”. A qualquer momento, poderia arrebentar e desabar nosso mundo. Em meio esse caos, não há dúvidas o quanto aprendemos, amadurecemos, e deixamos de valorizar episódios tão pequenos, pois, o que mais importa nessa vida, são situações que o dinheiro jamais compraria — a saúde, a vida e a paz. Somos muito gratos por essa oportunidade negada a muitos, porém, ainda precisamos explorar mais a nossa paz. Ah! Nossa paz! Essa também não tem preço, não vem em embalagens, mas sim das nossas escolhas e nosso modo de ver o mundo ao redor. Além da saúde, ela é um dos nossos bens mais valiosos.
Para alguns, o conceito de paz parece algo distante, pois, todos temos que lidar com situações corriqueiras a todo momento, estresse, pressão no trabalho, com a família, filhos, ou em seus relacionamentos pessoais. Enfim, motivos sempre terão.
Embora existam áreas da vida em que os momentos de estresse são inevitáveis, e o que podemos fazer é tentar se adaptar as melhores formas de enfrentar os desafios. Entretanto, algumas situações continuam tirando a nossa “paz” porque na maioria das vezes, permitimos, ainda que de maneira inconsciente.
Desde muito cedo, ouvimos que a fase da vida adulta não seria fácil — de fato, não é. Estamos o tempo com muitas responsabilidades e situações que são inevitáveis, já outras, podemos reavaliar. Conformados, apenas seguimos, como se fossemos obrigados a aturar condições que nos roube a felicidade e a calma. Entretanto, em algumas circunstâncias cabem uma reflexão. Se pararmos para analisar friamente, às vezes entramos em apuros por decisões nossas mesmas. Desde que vamos aceitando aos poucos o desconforto de algo, é hora de ficarmos atentos, pois, quando dermos conta, estamos longe demais da margem. Agora só nos resta voltar, e se conseguimos a tempo, traremos mais uma lição, do contrário, sofremos as consequências.
Moldar nossa essência, dizer sim quando, na verdade, queremos dizer não, ir contra mão dos nossos princípios de modo a agradar quem quer que seja, é sinal de alerta. Com essas atitudes, alguém estará se anulando, se colocando em segundo plano. Chegará um momento, que será insustentável manter por muito tempo esse personagem, que nós mesmos criamos somente com propósito de agradar. Onde colocamos nossa paz nesse contexto? Seremos reféns a troco de que?
Pense! Ela é um bem imensurável, é um estado de espírito tão leve e tranquilo, do qual nunca podemos abrir mão. Portanto, qualquer situação de vida que custe essa leveza, repense. Se não encaixa no coração, nos nossos objetivos, e propósitos de vida, é caro demais. Preserve a sua paz interior, faça isso como prova de amor-próprio!