Como a nutrição pode aumentar a longevidade dos pets
Os animais de estimação oferecem companheirismo e alegria. Para alguns são considerados até como filhos e, por isso, os tutores acabam tendo uma preocupação maior com a saúde, bem-estar e longevidade. Segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), o Brasil tem a segunda maior população de cães e gatos em todo o mundo, com 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos.
De acordo com a Associação Mundial de Medicina Veterinária de Pequenos Animais (World Small Animal Veterinary Association), uma boa nutrição aumenta a expectativa e qualidade de vida dos cães e gatos. “É necessário levar em consideração as necessidades nutricionais e energéticas específicas para a idade, grau de atividade e fase de vida do pet”, explica Henrique Macedo, Consultor Profissional Veterinário da Hill’s Pet Nutrition.
Ao consumir o mínimo necessário de nutrientes, os animais não apresentam sinais clínicos de deficiência e mantêm a massa muscular ou o crescimento normal (filhotes), mas podem apresentar limitações fisiológicas frente a desafios imunológicos e estresse. Considerando isso, surge o conceito de nutrição ótima, a qual se baseia no fornecimento de nutrientes em quantidades e proporções ótimas para cada fase da vida. Esse conceito não se baseia apenas no fornecimento de todos os nutrientes em quantidades muito superiores às necessidades mínimas, e sim em quantidades ótimas à saúde, bem-estar e longevidade dos animais.
O equilíbrio é o ponto-chave da nutrição ótima, levando em consideração a ingestão das quantidades ideais de proteínas, lipídios, vitaminas e minerais em cada fase de vida. Por exemplo, uma baixa ingestão de lipídios pode causar um comprometimento da pele e pelo. Já se ingerido de maneira regular, os benefícios para a saúde no geral são muitos, incluindo pele e pelo saudáveis e controle de inflamações. Mas, por outro lado, o consumo em excesso pode gerar riscos de excesso de peso.
Outro aspecto fundamental na nutrição é a energia. “Ela não é um nutriente, mas uma propriedade resultante da oxidação de três nutrientes – gorduras, carboidratos e proteínas – e consiste no primeiro requisito a ser cumprido pela dieta de um animal. Os nutrientes da dieta que fornecem energia são utilizados primariamente para satisfazer as necessidades energéticas. Uma vez satisfeitas as necessidades de energia, só então os nutrientes ficam disponíveis para outras funções metabólicas”, afirma Henrique. O sinal mais visível e confiável de deficiência de energia é a perda de peso corporal por perda de tecido adiposo e/ou muscular, além do baixo desempenho reprodutivo e diminuição da taxa de crescimento em filhotes. Já o excesso de energia pode levar ao sobrepeso ou até mesmo à obesidade.
Neste contexto, é importante a conscientização dos tutores sobre a situação dos pets, por exemplo, o excesso de peso corporal em cães implica em inúmeros efeitos negativos à saúde como alterações ortopédicas, cardiovasculares, respiratórias, desordens metabólicas, desordens imunológicas, entre outros, podem reduzir a expectativa de vida do pet. “A nutrição pode ser o fator-chave para saúde e bem-estar do seu pet, consequentemente aumentando a sua longevidade”, finaliza Macedo.