Driblar a alta de preços, exercício diário dos brasileiros
A inflação oficial acumulada dos últimos 12 meses registrou 11,3% no último mês de março deste ano. A maior variação do índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que chegou a 13,98%, maior índice desde outubro de 2003. Neste cenário, o brasileiro passou a ter que driblar a alta de preços para que o consumo possa ser realizado sem que o orçamento doméstico seja prejudicado.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no início desde ano o aumento de preços da cesta nacional Abrasmercado, composta por 35 produtos registrou um aumento de 1,30%, passando a R$ 709,63 e no acumulado em 12 meses a cesta registrou alta de 11,50%. Sendo as pesquisas de preços uma alternativa para contribuir no auxílio para busca da redução dos efeitos da inflação no bolso do consumidor.
Como a alta da inflação está bem acima da meta de inflação, estabelecida pelo Banco Central, que varia entre 2% e 5% para 2022, a pesquisa de preços pode gerar uma economia significativa na hora da compra e assim, contribuir para redução deste gap entre a inflação medida pelo IPCA e a estabelecida pelo Banco Central. Fazendo com que o consumidor passe a negociar mais junto aos locais de compra e com fornecedores, em busca de menores preços.
Segundo o Serasa Ensina, há uma ferramenta que pode auxiliar o consumidor na pesquisa de preços que é um guia de supermercado criado pela Proteste, onde pode ser feita a consulta para verificar o melhor supermercado de acordo com o preço dos produtos e a localização.
Segundo Aline Soaper, Formadora e Mentora de Educadores Financeiros, ter um orçamento doméstico bem elaborado e um bom controle financeiro é fundamental para esses momentos mais desafiadores de alta de preços.
Soaper destaca que o indicado é fazer um controle semanal, pois assim é possível ir acompanhando quando e quanto foi gasto, no mercado, com combustível, remédios e demais despesas, buscando economizar no que for possível e fazer os devidos ajustes.