Escolas estaduais não terão aula nesta sexta (29)
Mobilização inclui ato unificado com outras categorias de servidores(as) no Centro Cívico, em Curitiba. Em Maringá, servidores(as) se reúnem na Praça Raposo Tavares
Os(as) educadores(as) da rede estadual de ensino do Paraná vão interromper o trabalho nas escolas no dia 29 de abril (próxima sexta-feira). A mobilização inclui um ato unificado com outras categorias do Fórum de Entidades Sindicais (FES), com concentração às 9h na Praça 19 de Dezembro e caminhada até o Centro Cívico. Dois ônibus saem de Maringá com destino à capital. Em Maringá a concentração será a partir das 9h na Praça Raposo Tavares.
O protesto é contra o calote do governo do Estado na Data Base, promoções, progressões, anuênios e quinquênios; contra a sobrecarga de trabalho, as metas arbitrárias, o assédio e as cobranças para usar plataformas digitais sem estrutura adequada nas escolas; contra a terceirização do Ensino Médio e o confisco das aposentadorias, congeladas há seis anos; contra as mentiras e o desrespeito de Ratinho Jr com os(as) trabalhadores(as) da educação.
A manifestação marca o retorno da categoria às ruas, desde o início da pandemia de Covid19.
Luto e luta – A paralisação tem um duplo sentido histórico. O dia 26 marca os 75 anos da APP-Sindicato. Já o 29 de abril é o dia em que os(as) professores(as) da rede estadual de ensino relembram o Massacre do Centro Cívico, quando foram brutalizados(as) pela Polícia Militar durante protestos contra a retirada de recursos do fundo previdenciário dos(as) servidores(as).
Indignação – A revolta dos(as) educadores(as) do Paraná com o massacre diário imposto pelo governo Ratinho Jr chegou ao limite. A decisão de parar no dia 29 de abril foi aprovada em assembleia no dia 9 de abril, com 87% de votos favoráveis. “São nossos direitos e a nossa vida profissional que estão em jogo”, afirma a presidenta da APP, Walkiria Mazeto.
A intenção é levantar a bandeira da Data-Base e chamar atenção da sociedade para a situação de calamidade vivida por professores(as) e funcionários(as), da ativa e aposentados(as), dentro e fora das escolas