Estudantes debatem temas mundiais em simulação de Conferência Internacional
Entender assuntos como a crise entre Israel e Palestina, o problema dos Refugiados e a Guerra Rússia e Ucrânia pode ser desafiador. Porém, quando se vivencia a experiência e se enxerga pela perspectiva de cada país envolvido, a imersão no complexo contexto das relações internacionais proporciona um aprendizado incomparável. E esse é o tipo de prática que os alunos do Colégio Galois, em Brasília, tiveram a oportunidade de participar no último fim de semana.
A 22ª edição do Simulois – Simulações das Nações Unidas do Galois – reproduz uma conferência de Organismos Internacionais reunindo alunos do 6ºano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio da escola para representar países em diferentes comitês ou agências, abordando os principais assuntos mundiais. Ao debater questões tão importantes, além de desenvolverem o conhecimento político e geoeconômico das regiões analisadas, os estudantes ainda aprimoram habilidades como oratória, negociação e raciocínio de argumentação. “Essa é a 22ª edição do Simulois. Há mais de 20 anos, proporcionamos aos estudantes a oportunidade de desenvolver uma percepção mais crítica do mundo. Eles precisam se posicionar, dialogar e construir soluções pacíficas. É uma maneira de olhar para o outro, conhecer melhor os desafios da sociedade e refletir para um futuro melhor. Ao se tornarem protagonistas destes debates, eles enriquecem a bagagem de conhecimento e alguns ainda despertam para uma vocação profissional”, explica a coordenadora Mariana Ribeiro.
Na edição de 2022, os alunos do 6º e 7º representaram o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que discute a prevenção dos desastres naturais e lixo nos oceanos; e o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), que explora a relação Israel e Palestina. Os estudantes do 8º e 9º ano debateram a crise na Venezuela e a questão dos refugiados dentro dos comitês da Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Já os adolescentes do Ensino Médio examinaram a guerra entre Rússia e Ucrânia. “O Simulois me apresentou a minha carreira. Quando participei pela primeira vez, estava no 6º ano e me apaixonei pela dinâmica. Desde então, tenho certeza da minha opção pelo curso de Relações Internacionais. Você aprende sobre os temas, estuda sobre eles e defende países. Estamos ali abordando assuntos que são discutidos pelos diplomatas e buscando soluções por meio de negociações. Essa simulação te dá uma porta para a realidade, pois você é inserido em problemas mundiais atuais”, explica Leila Cury, 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio.
O encerramento do evento foi marcado por uma Mostra Cultural aberta à comunidade, com estandes que reúnem exemplos de gastronomia, artesanato, música e até as vestimentas típicas de nações da América Latina, Oriente Médio, Escandinávia, Portugal, Espanha, Países Baixos e outras dezenas de lugares.