Indústria da beleza encara novos desafios no cenário pós pandemia
Nos últimos dois anos o mundo se viu diante de novos desafios. Com o avanço da medicina, novas tecnologias e a globalização, ninguém poderia imaginar viver apenas em casa, sem frequentar escritório, academia ou eventos sociais.
A pandemia trouxe um questionamento: como enfrentar esse novo cenário? As pessoas se viram obrigadas a olhar mais para si e para a família. Passado o susto inicial, a descoberta de um novo modo de viver, conhecido apenas por antepassados, é cada vez mais presente. Conviver mais de perto com a natureza se torna um objetivo para muitas pessoas.
De acordo com o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor Internacional, em 2022 67% dos consumidores querem causar impacto positivo no meio ambiente e veem isso como uma forma de fazer a diferença no mundo por meio de suas ações. O consumidor exige cada vez mais produtos que não causem malefícios à pele, à saúde e ao meio ambiente.
Por outro lado, dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), indicam que o setor encerrou o ano de 2021 com uma queda no faturamento de 2.8%, no entanto, o presidente-executivo da entidade, João Carlos Basílio, afirma que “as empresas que enxergaram as oportunidades em meio à crise, souberam interpretar as necessidades do consumidor e colocar produtos inovadores no mercado, conseguiram excelentes resultados”.
Com uma linha de cosméticos pronta para ser lançada na feira Hair Brasil 2020, a Nasi Indústria de Nutricosméticos, viu na pandemia esta oportunidade. A empresa recriou todo o conceito da marca apostando na criação de produtos naturais que atendam a esse novo mercado.
Com a reabertura dos eventos presenciais, a Nasi lança a marca D’Arco Professional na feira Hair Brasil 2022, com produtos para o corpo, rosto e cabelos. “Aliamos a tecnologia com a natureza trazendo produtos que são multifuncionais, sempre pensando no cuidado e na saúde”, afirma a supervisora de Pesquisa e Desenvolvimento da marca, Cícera Mendes. São dermocosméticos voltados para profissionais de beleza e consumidores finais, que utiliza o poder terapêutico dos óleos essenciais, manteigas e óleos vegetais e extratos naturais. “Os dermocosméticos estão na fronteira entre um cosmético e um medicamento, portanto ele cuida e trata”, reforça Cícera Mendes.
A pesquisa do Euromonitor Internacional revelou também que 28% dos consumidores atualmente optam por comprar produtos e serviços de origem local, revelando uma busca por individualidade e autenticidade. Neste novo panorama, os consumidores indicam desejar cada vez mais entender os processos de autocuidado para replicar os resultados do salão em casa. Para o visagista Robson Trindade, essa é uma tendência atual, um legado deixado pela pandemia “A consumidora hoje quer resgatar a sua identidade e o que ela precisa é de produtos que conversem com aquilo que é o seu DNA, aquilo que é o melhor da sua imagem”.