Escola Milton Santos de Agroecologia recebe Brasão do Município pelos seus 20 anos
Homenagem foi proposta pelos vereadores Mario Verri, Manoel Sobrinho e Ana Lúcia Rodrigues. A entrega do título aconteceu durante sessão ordinária
Pelos relevantes trabalhos realizados há duas décadas, a Escola Milton Santos de Agroecologia, em Maringá, recebeu o Brasão do Município na sessão ordinária dessa quinta-feira (30), na Câmara Municipal. A homenagem foi proposta pelos vereadores Mario Verri (PT), Dr. Manoel Sobrinho (PL) e Ana Lúcia Rodrigues (PDT), que também entregaram aos representantes da instituição, os senhores Antônio Kanova Júnior e Nilciney Toná, os títulos de Mérito Comunitário. Em 11 de junho, a escola completou 20 anos de atuação e dedicação na construção de um projeto ecológico e sustentável para o campo.
Antes da homenagem, Nilciney Toná, que é engenheiro agrônomo, relembrou as dificuldades na implantação da Escola Milton Santos. “Enfrentamos vários desafios. Quando nos instalamos, o prédio não estava finalizado. Hoje, continuamos travando as nossas batalhas. Agradecemos a Câmara pela homenagem, que é o reconhecimento do trabalho de muitas pessoas”, diz Toná.
Emmanuel Predestin recebe homenagem do vereador Sidnei Telles
O vereador Mario Verri ressalta que a instituição fomenta o desenvolvimento sustentável dos movimentos sociais populares do campo. Ele acompanhou as lutas da instituição nessas duas décadas. “Foram muitas batalhas durante a instalação da Escola Milton Santos, por isso é uma satisfação muito grande poder homenageá-los pelos seus 20 anos de resistência pela educação e pelo campo”.
Kanova Júnior destaca que o foco da instituição é a formação rural. “Ensinamos os jovens a produzirem alimentos saudáveis e a preservarem a natureza. Assim, possibilitamos que a agricultura familiar e agroecológica sejam valorizadas e divulgadas”, finaliza.
A Escola Milton Santos de Agroecologia foi construída em 2002 por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da região Noroeste, por meio de uma concessão entre a prefeitura, Universidade Federal do Paraná e o MST. A construção aconteceu em um terreno abandonado e degradado pelo mau uso dos antigos proprietários.
A dificuldade inicial foi de construir agroecologia no solo improdutivo. A recuperação incluiu o plantio de árvores e a criação de bosques produtivos por voluntários, que cursaram o técnico em agroecologia e aplicaram os conhecimentos de sala de aula no terreno degradado.
Nesses 20 anos, a Escola Milton Santos formou cinco turmas de tecnólogos em agroecologia, pedagogia e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A escola também possibilitou intercâmbios de alunos entre o Brasil e o Haiti, para a formação humana e técnica de qualidade dos estudantes. —