Requião assina carta de compromisso com a educação pública em ato dos professores
Educadores foram às ruas em todo o estado neste 30 de agosto para relembrar violência contra a categoria e pedir cumprimento da data-base
Realizado todo ano desde 1988, quando a cavalaria da Polícia Militar foi jogada contra professores grevistas durante o governo Álvaro Dias, os trabalhadores da educação voltaram às ruas neste dia 30 de agosto para relembrar a agressão contra a categoria e reivindicar a data-base prometida pelo atual governador Ratinho Jr, até agora não cumprida. Cerca de 5 mil educadores se reuniram na Praça 19 de Dezembro, em Curitiba, e foram em marcha até a praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu. Lá, se encontraram com o candidato ao governo do estado Roberto Requião, da Frente Brasil da Esperança, que assinou uma carta de compromisso com as pautas da categoria para a educação caso seja eleito.
A manifestação teve a presença de dirigentes sindicais da APP, movimentos sociais, populares, estudantis, além de candidaturas da Federação Brasil da Esperança, como o coletivo de mulheres ao Senado, composto pelas candidatas Rosane Ferreira, Elza Campos e Marlei Fernandes. Durante a manifestação, a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Biazzeto, criticou o tratamento do atual governador à categoria e defendeu a data-base dos profissionais da educação.
”O governador não conversa com os professores, prometeu data-base não fez, mas esse tipo de governo tem data para acabar”, criticou. A APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) aprovou em assembleia da categoria, no último dia 20, moção de apoio às candidaturas de Requião e Lula no pleito de 2022. A decisão ocorreu na 8ª Conferência Estadual da Educação e foi chancelada por 97% dos delegados presentes. Embora tenha aprovado moção a favor de Lula e Requião, a APP-Sindicato informou que “institucionalmente” não pode tomar posição no processo eleitoral.
Requião não chegou a discursar, mas foi recebido com grande apreço pelos manifestantes. Ele assinou a carta da educação em frente ao Palácio Iguaçu, sob os aplausos da categoria e pedidos para que o ex-governador volte a governar o Paraná.