Advogado fala sobre visto de trabalho para os Estados Unidos

Advogado fala sobre visto de trabalho para os Estados Unidos

O pagamento em dólar, a remuneração por horas trabalhadas, os acertos semanais são alguns dos benefícios que atraem pessoas de todo o mundo para o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Porém, para acessar o país e poder encontrar o emprego requer um visto específico.

Para os interessados, a primeira recomendação é procurar escritórios especializados em consultorias e serviços de apoio à emissão de vistos. E, claro, entender quais são os vistos que permitem ao imigrante trabalhar legalmente por lá. Os vistos que atendem a esse desejo são o H-1B, o H-2A, H-2B e o H-3.

O primeiro é direcionado a estrangeiros designados a ocupar funções que exigem especializações específicas. Por isso, à tentativa de emissão do visto deve ser anexada uma cópia do(s) diploma(s) do emigrante. Já o H-2A é para trabalhadores que pretendem ocupar vaga em algum setor do agronegócio, enquanto o H-2B é o visto que permite a estrangeiros tentar empregos em setores que não sejam o agrícola.

“Este é o visto mais requisitado, pois é o que abrange os setores que mais empregam. Imigrantes que pretendam trabalhar em áreas como da construção, em bares, restaurantes, hotéis, lojas de varejo e em locais de turismo, por exemplo, devem recorrer ao H-2B”, afirma Paulo Victor Freire, advogado e sócio do escritório Paulo Victor Freire, especializado em direito internacional.

“Conseguir um visto H-2B realmente não é tão simples, e a principal razão é que os Estados Unidos impõem um limite de até 66 mil vistos por ano fiscal. Isso ocorre para que a presença de imigrantes legais no país não afete o mercado de trabalho dos próprios americanos. É uma forma de proteção aos seus trabalhadores”, revela.

Por isso, ao tentar um visto de trabalho, não basta ao candidato comprovar suas habilidades e competências para executar determinadas tarefas no país norte-americano. “Há quem confunda a tentativa do visto com uma entrevista de emprego no consulado, mas não é isso que acontece. A tentativa de conseguir um trabalho não deve vir apenas do imigrante, mas também do empregador”, alerta o advogado

“A empresa que está empregando o imigrante tem o dever de comprovar que tentou contratar cidadãos do país para ocupar a vaga, e que a contratação de mão de obra estrangeira se deve à escassez de interessados. Se houver um casamento dessas duas condições, as chances de conseguir o visto aumentam bastante”, salienta.

Por fim, o visto H-3 é concedido a pessoas que estão ingressando no país com a finalidade de ter acesso a um estágio ou treinamento do empregador. “Esse visto é bastante específico para trainees e aprendizes, e também caracteriza-se por ser por tempo determinado. Mas lá é bastante rigoroso o critério que estabelece o que é estágio e o que é trabalho, de modo que o período de aprendizado não pode ser confundido com um ofício”, conclui o sócio do escritório Paulo Victor Freire.

DINO