Esquemas de pirâmide com colchões magnéticos são ilegais e podem levar à perda de dinheiro
Um esquema de pirâmide financeira é um modelo de negócio fraudulento que se baseia na captação de novos investidores para pagar os ganhos dos investidores anteriores. Nesse modelo, os ganhos dos investidores são provenientes dos aportes financeiros de novos participantes, e não da venda de produtos ou serviços.
No caso de empresas de colchões magnéticos, o esquema de pirâmide pode funcionar da seguinte forma:
- A empresa oferece aos investidores a oportunidade de adquirir um colchão magnético por um valor elevado.
- A empresa promete aos investidores que eles receberão um retorno financeiro mensal sobre o valor investido, por meio da venda de novos colchões magnéticos a outros investidores.
- Os investidores são incentivados a recrutar novos investidores para aumentar seus ganhos.
Reuniões e treinamentos são realizados em hotéis de luxo ou on line para atrair novos investidores. Os palestrantes, que geralmente são investidores já estabelecidos no esquema, prometem ganhos fáceis e rápidos. No entanto, a maioria dos investidores acaba perdendo dinheiro.
Os investidores são acompanhados por um “pai” do negócio, que recebe uma comissão por cada colchão vendido. O “pai” do negócio tem um interesse financeiro em manter o investidor no esquema, mesmo que ele esteja perdendo dinheiro.
Os investidores não têm vínculo empregatício com a empresa, pois são orientados a abrirem uma MEI. Isso permite que a empresa evite obrigações trabalhistas e tributárias.
Esse tipo de esquema é ilegal no Brasil, pois se configura como um crime contra a economia popular. A Lei nº 1.521/1951, que define os crimes contra a economia popular, prevê pena de 2 a 5 anos de prisão para quem promover, organizar ou participar de um esquema de pirâmide financeira.