Eletron Energia soma mais de R$ 160 milhões em projetos de eficiência energética

Eletron Energia soma mais de R$ 160 milhões em projetos de eficiência energética

A preocupação crescente das empresas em estar em concordância com o meio ambiente e sociedade tem dado cada vez mais visibilidade ao termo ESG. Criada em 2004, a sigla se refere à adoção de critérios ambientais, sociais e de governança. Essas boas práticas estão se tornando, cada vez mais, uma balizadora do mercado e, por isso, fazem parte da agenda estratégica de companhias de diferentes setores – principalmente para a atração de investimentos.

Neste cenário, entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, se dedicam a criar ferramentas que auxiliam as empresas a se adequarem às novas demandas. Entre as iniciativas, estão os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma parte da engrenagem que busca reduzir os impactos negativos e aumentar os positivos. Aliás, em se tratando de emergências ambientais, há as que já foram “abraçadas” pelo setor privado, como é o caso do carbono zero e a gestão de resíduos, realidades presentes em muitas companhias.

Um dos desafios no mundo todo para resolver os impasses da sustentabilidade ambiental diz respeito às fontes renováveis de energia. E, neste quesito, o Brasil sai na frente. “Quase metade do que geramos de energia, ou seja, 48,4%, vem de fontes renováveis. Para se ter uma ideia do avanço brasileiro, a média mundial está em 15%”, explica Ricardo Kenji, fundador e diretor da Eletron Energia.

Esse movimento começou no Brasil nos anos 2000 com o lançamento do programa de eficiência energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A autarquia, ligada ao Ministério de Minas e Energia, é a reguladora do setor elétrico e surgiu com a missão de proporcionar condições favoráveis para que ele se desenvolva de forma equilibrada no país. A expectativa é de que, até 2030, os projetos de eficiência energética vão contribuir com cerca de 5% da matriz energética brasileira, o que significa a implementação de 5 bilhões em economia de recursos do setor elétrico.

Além disso, de acordo com o Atlas de Eficiência Energética, entre 2013 e 2020, o Brasil investiu quase R$ 2 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e demonstração em projetos de eficiência energética. O mesmo levantamento aponta ainda que 89% das indústrias almejam aumentar os investimentos em eficiência energética nos próximos cinco anos, de olho na redução de custos e nas práticas de ESG.

Atento a todos esses sinais positivos, em 2015, o engenheiro eletricista  Ricardo Kenji vislumbrou uma oportunidade no mercado de energia e fundou a Eletron Energia. Inicialmente, a empresa desenvolvia projetos de iluminação em LED. Em seguida, ingressou no mercado de energia renovável e, na atualidade, o foco de atuação é a eficiência energética para empresas de diversos setores, incluindo indústrias, comércio, serviços, condomínios e hospitais.

Hoje, está presente em 30 municípios do Paraná e Santa Catarina.A proposta é desenvolver soluções personalizadas, com economia medida e comprovada. “A própria economia gerada paga o projeto. Nosso modelo de negócio é pautado em credibilidade e risco reduzido”, destaca Ricardo Kenji.Crescimento exponencialEntre os principais clientes da Eletron Energia estão: Natura, Renault, CNH Industrial, Helisul Aviação, FAE, Alphaville, Grupo Servopa, San Juan Hotéis, Instituto Sante, Simoldes Aços, Font Life, entre outros.

A empresa soma 159 projetos de eficiência energética até 2023, que somam mais de 160 milhões. Os projetos foram desenvolvidos para empresas de cinco setores: 28 na área de serviços (R$ 53,8 milhões); 32 no ramo de hospitais (R$ 31,4 milhões); 29 na indústria (R$ 30,8 milhões), 31 no segmento do comércio (R$ 29,4 milhões) e 38 em condomínios (R$ 16,6 milhões).Os resultados são: R$ 141 milhões de energia economizada, mais de 10 mil toneladas de carbono evitados e 43,7 mil árvores salvas.

“Como se pode ver, a Eletron Energia tem a sigla E da ESG no seu DNA e torna os negócios dos seus clientes mais sustentáveis. Empresas que implementam os projetos contribuem para o meio ambiente e tornam-se mais competitivas e capazes de atrair o olhar de investidores. Inclusive, neste mês de outubro, a Comissão de Valores Mobiliários lançou uma nova resolução para que as empresas de capital aberto comecem a divulgar relatórios de gestão de riscos ESG.

Com a medida, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a contemplar regras para que as organizações prestem contas sobre suas informações financeiras ligadas à sustentabilidade, com indicadores e metas claras. A ESG deixou de ser uma tendência e é um caminho sem volta”, enfatiza Kenji.Abertura de IPO com ações tokenizadasO ano de 2023 é mais um marco para a Eletron Energia.

A empresa está em processo de abertura de capital na Beegin, primeira plataforma de investimentos conectada à BEE4, primeiro mercado regulado de ações – além da bolsa – para empresas emergentes. “Somos a quarta empresa do Brasil que está ingressando num novo mercado acionário e com uso de blockchain”, conta o fundador da Eletron Energia.

O investimento mínimo para a IPO da empresa paranaense de eficiência energética é de R$ 2.013, valor equivalente a 61 ações a R$ 33 cada. A captação mínima prevista é de R$ 3,33 milhões e a máxima de R$ 5 milhões. As 151.516 ações colocadas no mercado equivalem a 11,8% do total e a 12 de janeiro de 2024 é o prazo previsto para encerramento da oferta.A receita bruta da Eletron Energia em 2022 foi de R$ 18,7 milhões.

“Com a captação de recursos pretendemos desenvolver um plano de crescimento para elevar nossa receita a R$ 100 milhões em 2028”, finaliza Ricardo Kenji.EventosNa última semana, o diretor da Eletron Energia apresentou o case da empresa em dois eventos de networking ao lado da BEE4. Na Casa LIDE, ele falou para um grupo seleto de empresários sobre as oportunidades de acesso ao mercado de capitais brasileiro por PMEs.

Redação O Diário de Maringá

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