Liberado da prisão, ginecologista suspeito de abuso responde em liberdade

O ginecologista Hilton José Pereira Cardim, de 58 anos, foi libertado da prisão na tarde da última sexta-feira, dia 7, após obter um habeas corpus que lhe permite responder ao processo em liberdade, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Cardim estava sob custódia desde 11 de março, quando foi detido em seu consultório por policiais civis. A defesa do médico informou que ele entregou seu passaporte às autoridades, argumentando que isso elimina a necessidade de mantê-lo preso até o julgamento. A defesa também afirmou que Cardim nega todas as acusações. Em abril, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra Cardim, transformando-o em réu. As investigações indicam que os abusos ocorreram dentro do consultório do médico.

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O ginecologista foi acusado de violência sexual mediante fraude, com a denúncia indicando que ele teria cometido o crime pelo menos 34 vezes. Após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, outras seis mulheres compareceram à delegacia para relatar abusos.

As vítimas informaram em depoimento que os abusos ocorreram em 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023, descrevendo comportamentos estranhos do médico durante as consultas.

Hilton Cardim possui graduação em medicina pela Universidade de São Paulo (1988), mestrado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição (1995), e doutorado em medicina (obstetrícia e ginecologia) também pela USP.

Entre suas especialidades estão o tratamento de infertilidade, inseminação artificial humana, fertilização in vitro e reprodução humana assistida.