Volpato não declara apoio a Nildão, desapontando Ricardo Barros

Em recente reunião com cargos comissionados, a propósito de discutir ‘legislação eleitoral’, o prefeito de Sarandi, Walter Volpato, não declarou apoio ao presidente da Câmara de Vereadores, Eunildo Zanchin, conhecido como Nildão pelas suas proporções físicas. Pré-candidato a prefeito pelo PL, Nildão recepcionou convocados para a reunião junto com o secretário de Indústria e Comércio do governador Ratinho Junior, o deputado federal licenciado Ricardo Barros. Sobre legislação eleitoral, o chefe de Gabinete de Volpato, Diego Franco, citou brevemente duas proibições a servidores (postagens nas redes em horários de trabalho e apoio e manifestação de apoio a pré-candidatos em ambientes públicos), até para justificar a reunião, na verdade convocada por Ricardo Barros e Nildão, como foi o entendimento geral considerando a dinâmica do encontro.

Volpato chegou quase atrasado à reunião e depois da intervenção do chefe de gabinete, falou para uma plateia silenciosa, que não escondia o constrangimento e a indisposição para o que veio a seguir.Depois de rápida intervenção do chefe de Gabinete, Volpato, com aparência cansada, fez um breve relato sobre suas tentativas de unir Nildão e seu vice-prefeito, Wlademir Garbúggio, também pré-candidato a prefeito, destacando virtudes de ambos. De Nildão, lembrou que caminhou em três eleições com ele e graças à sua presidência na Câmara de Vereadores impediu avanço de pelo menos 7 CPIs tentadas pela oposição. Sobre Garbúggio, disse que o vice sdempre o apoiou e quando e nos período em que assumiu interinamente foi justo em suas decisões. “Portanto, não tenho nada contra ele, a não ser muito respeito”, disse.

"Até o dia da convenção vou lutar para unir os dois", disse o prefeito no início da reunião, acrescentando que, sem caminharem juntos, Nildão e Garbúggio perdem a eleição. Sem dizer nome, referia-se a De Paula, o ex-prefeito que lidera pesquisas de intenção de voto. Em nenhum momento, Volpato manifestou apoio a Nildão, comportamento que não agradou Ricardo Barros, que o olhava ansioso a espera de declaração que ungisse o pré-candidato do PL. Volpato mal havia concluído sua fala, repita-se, sem expressar o apoio esperado, quando Barros se apoderou do microfone e largou que estava definida decisão da gestão. Em menos de 5 minutos, discursou e justificou que estava de saída para compromsisos em Maringá e Campo Mourão. Pediu para que todos ficassem em pé e, ao lado de Vopato e Nildão, seu assessor, Vagner Mússio, cravou foto. Veja:

Manifestação contra o projeto de lei 1904/2024, em Maringá

A impressão é que Barros decidiu por Volpato,ainda que a inclinação, naquele momento, era exatamente essa, ainda que o compromisso do prefeito sempre foi declinar seu apoio ao pré-candidato melhor posicionado nas pesquisas. Segundo consta, Garbúggio pontua com vantagem expressiva em todas as consultas de intenção de voto. Além disso, Nildão enfrenta severa rejeição, diferente do vice-prefeito. Neste momomento, considerando que Garbúggio não aceita ser vice de Nidão, e nem o contrário é admitido, Volpato assume apoio o presidente da Câmara, mas se mostra muito constrangido com a situção e ainda articula para tentar aproximar os pré-candidatos num arranjo sem modelo definido. Nildão Garbúggio seguem na pré-campanha e a posibilidade de união é bem improvável, exatamente o que tira o sono do prefeito.

Além de Garbúggio (PSD), Nildão (PP) e De Paula (PSB), a sucessão do prefeito Walter Volpato (Podemos) é disputada por Simone Martini (Republicanos), Aristides Mossambani (PRD) e o ex-prefeito Hélio Gremes (PMDB). Pesquisas apontamque a disputa estão entr eos três primeiros, com Garbúggio em segundo com diferença pequena para De Paula, seguido de Nildão ainda bem abaixo de dois dígitos. Nidão é assombrado por enrome rejeição, que tenta exorcizar com comportamento mais contido e larga experiência política, mas até agora sem sucesso. Garbúggio organiza sua campanha de forma silenciosa, amarrando apoios e buscando juntar os demais candidatos numa ampla frente. De Paula ainda teria obstáculos jurídicos a vencer para ser candidato, mas lidera pesquisas com vantagem menor do que ele apregoa.

Pelo menos 60% dos eleitores permanecem indecisos, o que significa que podemos ter surpresas nessas eleições em Sarandi.

A matéria foi construída a partir de cruzamento de informações obtidas com diversas fontes presentes à reunião, cujos relatos convergiram para o mesmo entendimento. Portanto, a narrativa se concentra exclusivamente no período da reunião, na qual o prefeito, segundo as fontes consultadas, não manifestou apoio ao presidente da Câmara de Vereadores, Eunildo Zanchim, pré-candidato a prefeito pelo PL. Até este momento, nenhuma manifestação oficial e pública de apoio foi feita pelo prefeito Walter Volpato em relação ao pré-candidato.