Volpato: Amnésia ou Pressão Política?
Ainda que já se saiba que o prefeito de Sarandi, Walter Volpato, vai apoiar o presidente da Câmara de Vereadores, Eunildo Zanquim (PP), na disputa pela sua sucessão, oficialmente nenhuma nota ou manifestação pública foi feita avalizando a decisão. Em se confirmando a opção pelo vereador, Volpato contraria o que sempre defendeu: entre seu vice, Wlademir Garbúggio (PSD), e Nildão, apoiaria quem melhor pontuasse nas pesquisas.
Garbúggio aparece em todos os levantamentos com pelo menos 15 pontos à frente do adversário, que amarga entre 1 e 4 pontos percentuais. Contra o vereador pesa ainda rejeição que cresce conforme a pré-campanha avança, fenômeno que se explica pela interação quase nula com servidores municipais, comissionados ou de carreira, e percepção enviesada do eleitor em geral, para quem o vereador é figura antipática.
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Sempre é bom lembrar que Volpato se esforçou para unir o vereador e seu vice, mas Garbúggio resistiu exatamente pela posição nas pesquisas, considerando a existência de acordo que ungia a candidatura do melhor colocado. Garbúggio também não aceita ser vice para não pedir música: seria a terceira vez na função (em 2016 e 2020 já cumpriu esse papel). Depois, rejeitou Nidão como vice com com base na ‘teoria da âncora’.
A elevada rejeição do vereador, sem possibilidade de reversão, como mostram pesquisas, puxaria para o fundo a candidatura a prefeito de Garbúggio, que segue na pré-campanha articulando uma ampla frente de partidos que já conta com União Brasil, Solidariedade e PRD, com conversas avançadas com PMDB e Republicanos, que têm pré-candidatos (o ex-prefeito Hélio Gremes e Simone Martini, filha do ex-prefeito Milton Martini).
O ex-prefeito Carlos Alberto (PSB) está inelegível, segundo decisão recente da justiça, mas corre atrás para reverter a situação e retornar ao jogo como pré-candidato viável num cenário cada vez mais incerto para ele.
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