Expectativa Frustrada: Pesquisas de 2016 previam vitória de Silvio Barros no 1º Turno
O desafio de Silvio Barros: Estratégia de Campanha repetida e a sombra de Processos Judiciais e inegibilidade
A campanha de Silvio Barros para a prefeitura de Maringá em 2024 segue um roteiro familiar, semelhante ao de 2016. Naquela época, ele era apontado pelas pesquisas como favorito para vencer a eleição no primeiro turno, graças ao apoio de uma rede política familiar de peso. Seu irmão, Ricardo Barros, uma figura influente na política nacional e Ministro, sua cunhada, Cida Borghetti, ocupava o cargo de governadora do Paraná, e sua sobrinha, Maria Victoria, era deputada estadual. Contudo, o que parecia ser uma vitória garantida acabou não se concretizando, com Silvio perdendo no segundo turno.
Agora, oito anos depois, a estratégia parece não ter mudado. Ricardo Barros, que outrora questionava a validade das pesquisas eleitorais, utiliza-se dessas mesmas ferramentas para afirmar que não haverá segundo turno na eleição deste ano. A repetição dessa tática, que falhou em 2016, levanta questões sobre a capacidade do grupo político de atrair novamente a confiança do eleitorado maringaense.
Pesquisa deivulgada no primeiro turno das eleições em 2016. Veja:
Um fator que complica ainda mais a situação de Silvio Barros é sua inclusão no Cadastro Nacional de Eleitores como inelegível. Para muitos eleitores, isso soa alarmante, uma vez que um candidato com pendências judiciais pode enfrentar dificuldades em governar plenamente. Além disso, o histórico do candidato pesa: quando prefeito, Silvio Barros deixou o cargo com 40 processos judiciais, dos quais metade ainda está em andamento.
Ricardo Barros, por sua vez, também carrega o estigma de ter deixado a prefeitura de Maringá “pela janela”, como se diz popularmente, saindo de cena de forma controversa. Diante desse cenário, muitos eleitores se perguntam se Silvio deveria, antes de tudo, resolver seus problemas com a justiça antes de buscar um novo mandato.
A pergunta que fica no ar é: Silvio Barros precisa estar no poder para resolver seus processos ou ele deveria focar em suas questões judiciais antes de voltar à cena política? Esse é um dilema que só o eleitorado poderá responder nas urnas.
No fim das contas, os eleitores de Maringá terão a difícil tarefa de escolher se querem um prefeito que poderá passar grande parte de seu mandato defendendo-se de processos judiciais ou se preferem uma alternativa que possa focar exclusivamente na administração da cidade e na realização das promessas de campanha.
Por falar na pesquisa divulgada, ela foi financiada justamente pela empresa do primo de Silvio Barros, que até o mês passado firmou uma homologação de acordo extrajudicial para pagar dívidas. Isso levanta um questionamento: a empresa dos primos tem dificuldade em honrar compromissos com os credores, mas consegue desembolsar R$ 40 mil para uma pesquisa eleitoral. Com que interesse?
O jornalista Angelo Rigon já havia previsto o resultado da pesquisa antes mesmo de sua realização e divulgação, chegando até a dar algumas dicas sobre qual seria o desfecho. Angelo Rigon é adivinho?
O Senhor é meu pastor e, na hora certa, me socorrerá.” Esta frase foi adotada como missão por um candidato nesta eleição, que, quando necessário, terá que socorrer outro candidato. No entanto, essa frase não é uma citação retirada da Bíblia.