O que está acontecendo com Fernando Tupan?

O que está acontecendo com Fernando Tupan?

Houve um tempo em que o Tupan, em tom descontraído, limitava-se a exagerar sobre o preço do tomate italiano. No entanto, quando o assunto envolve acidentes, sofrimento humano e até perda de vidas, a abordagem deve ser feita com cautela e respeito. Infelizmente, no último dia 29, uma publicação de Tupan trouxe uma manchete desrespeitora: “Homem vai assar carne e vira churrasquinho”. Essa frase, embora talvez intencionada para atrair atenção, soou como um desrespeito à dor da família da vítima. A pessoa envolvida no acidente tentava fazer um churrasco, mas, devido a um imprevisto trágico, acabou falecendo após sofrer queimaduras graves.

Veja a publicação de Tupan:

“Homem vai assar carne e vira churrasquinho”

Cristiano Lopes dos Santos, 45 anos, morador do Jardim Guairaçá, Maringá, imaginava que teria outra noite agradável de churrasco em família de quinta-feira (24 de outubro). Pegou o kit de churrasqueiro dele, salgou a carne, estava sorrindo e gargalhando com os parentes, preocupação alguma passava pela cabeça dele. Decidiu que era hora de colocar para assar a carninha, encheu a churrasqueira de carvão, faltava apenas colocar o álcool e deixar o fogo fazer o trabalho dele.

O que ele não tinha se tocado era que o vento soprava na direção dele. Que mal viria de algo tão banal? Vai jogando álcool no carvão pra pegar bem o fogo. Em uma dessas chacoalhadas para acender, o vento soprou, o fogo percorreu para dentro do galão e explodiu. Cristiano queimava como a efígie do festival Burning Man ou um dublê de filme de ação após atearem fogo nele para uma cena alucinante. Ele teve mais da metade do corpo queimado em decorrência disso.

A família dele, desesperada, levou ele o mais depressa possível para o Hospital Universitário para estabilizá-lo. Tentaram transferir ele para um hospital especializado em queimaduras, sem sucesso. O quadro clínico dele não apresentava melhoras, o que eventualmente culminou na morte dele na segunda-feira (28 de outubro).

É compreensível que o jornalismo busque atrair o público, mas o respeito às famílias e às vítimas deve ser sempre prioridade. Tupan, que atua como jornalista e comentarista na Jovem Pan Maringá e possui o Blog do Tupan, certamente sabe que é importante tratar situações tão sensíveis com a devida consideração, pois as palavras têm o poder de consolar ou ferir ainda mais.

Redação O Diário de Maringá

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