Bolsonaro se acovarda ao pedir anistia e evita assumir a responsabilidade por seus atos?
Se Bolsonaro tivesse contado com o apoio das Forças Armadas, hoje estaríamos em um regime semelhante ao da Venezuela, pois foi exatamente isso que Maduro fez
Anistiar aqueles que cometeram crimes contra o Estado Democrático de Direito é, acima de tudo, um estímulo perigoso para novas transgressões. Esse tipo de anistia cria um precedente injusto que premia atitudes ilícitas e mina a confiança nas instituições e na justiça. Perdoar quem atentou contra a democracia desrespeita não só as vítimas desses atos, mas também os cidadãos que, em outras situações, foram julgados e punidos sem o mesmo apelo político.
Bolsonaro teve coragem de incitar o povo brasileiro contra as instituições, não deve ser covarde para arcar com as consequências. Veja :
À espera de anistia, Bolsonaro defende ‘pacificação’ após explosões no DF
Nem Jair Bolsonaro, nem qualquer um dos envolvidos no ataque ao Estado Democrático de Direito deve receber anistia. Bolsonaro, em especial, deveria lutar para provar sua inocência, em vez de suplicar por anistia. Todos devem ser submetidos a julgamentos justos, com ampla garantia de defesa, e assumir as consequências se houver comprovação das acusações. A justiça precisa ser imparcial e igualitária: aqueles que incitam ou praticam crimes contra as instituições democráticas não podem receber privilégios ou serem protegidos por anistias indevidas. Devem responder por seus atos de acordo com a lei, para que, se inocentes, sejam absolvidos, e, se culpados, cumpram as penas estabelecidas.
Permitir que alguns escapem da justiça por influência política desrespeita os que já foram condenados e cumpriram suas penas. É fundamental que a justiça seja aplicada de forma imparcial e consistente, fortalecendo a democracia e mostrando que, em um estado de direito, ninguém está acima da lei.