Riscos de escândalos: empresários precisam de critérios ao contratar influenciadores
Nos últimos anos, os influenciadores digitais têm se tornado figuras centrais no marketing e na comunicação das empresas. Com milhões de seguidores, suas opiniões e comportamentos impactam diretamente o público. Porém, escândalos recentes envolvendo nomes como Deolane Bezerra, Talita NY e seu marido, Ernani Vieira, levantaram um alerta importante para os empresários: será que todas as personalidades da internet são confiáveis para representar suas marcas?
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Casos como esses mostram que alguns influenciadores ostentam um estilo de vida luxuoso e promissor, mas que, por vezes, está relacionado a atividades ilícitas. Esses acontecimentos não apenas prejudicam a imagem dos próprios criadores de conteúdo, mas podem comprometer seriamente a reputação das marcas que os contratam.
O dilema do “engajamento a qualquer custo”
O desejo de ser influente no universo digital tornou-se uma verdadeira febre. Atualmente, a busca por “engajamento” — número de curtidas, compartilhamentos e visualizações — muitas vezes supera o compromisso com a verdade e com valores éticos. Isso tem levado a uma produção de conteúdo superficial, exagerado ou até mesmo irresponsável.
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“Hoje, muitos querem ser influenciadores, mas influenciar o quê? É preciso refletir se o conteúdo que está sendo produzido é realmente relevante e ético, ou se é apenas uma forma de gerar cliques a qualquer custo”, afirma uma especialista em marketing digital.
Redes sociais: um espaço para tudo, até para crimes
Além dos casos de fraude e ostentação, há exemplos ainda mais preocupantes de como as redes sociais têm sido usadas de maneira inadequada. No caso de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiü França”, as ameaças publicadas na internet mostram como essas plataformas podem se tornar um palco para crimes.
O que chama atenção é a falta de ação das próprias redes sociais, que muitas vezes não notificam as autoridades sobre conteúdos potencialmente perigosos. Esse vácuo de responsabilidade reforça a necessidade de regulamentação do setor, mas não no sentido de censura, e sim de garantir que a liberdade de expressão seja exercida de forma responsável e segura.
Cautela ao associar marcas a influenciadores
Diante desse cenário, as empresas precisam adotar uma postura mais criteriosa ao escolher influenciadores para representar suas marcas. Contratar um rosto popular sem uma análise prévia pode resultar em sérios danos à imagem corporativa.
Enquanto não houver uma regulamentação mais efetiva das redes sociais e maior responsabilidade por parte dos influenciadores, casos como esses continuarão a se repetir. Cabe às plataformas, às marcas e aos próprios criadores de conteúdo trabalharem juntos para construir um ambiente digital mais saudável e ético.
Para os empresários, o recado é claro: não basta seguir a tendência de associar sua marca a um nome famoso. É fundamental garantir que ela esteja ligada a profissionais confiáveis, que representem valores positivos e genuínos. Afinal, credibilidade e ética continuam sendo os maiores patrimônios de qualquer empresa, e isso pode ser preservado com o apoio de uma boa assessoria de imprensa.