Com autorização do TRE, Requião Filho deve sair do PT sem prejuízos ao mandato de deputado estadual do Paraná

Com autorização do TRE, Requião Filho deve sair do PT sem prejuízos ao mandato de deputado estadual do Paraná

A bancada petista na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) está prestes a encolher. Isso porque o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) emitiu uma decisão liminar que autoriza Requião Filho a se desfiliar do Partido dos Trabalhadores (PT). A decisão do desembargador Guilherme Denz garante que o deputado não sofrerá prejuízos em seu terceiro mandato como deputado estadual.

Requião Filho defende que a sua saída do PT é uma consequência da falta de coerência que a sigla tem entre o discurso e a realidade. “A gota d’água que me levou a sair do PT foi o apoio do governo federal às privatizações das nossas estradas do pedágio, à venda da Copel e as quebras de promessas para com a população do Paraná e do Brasil”, reforça o parlamentar.

Em dezembro, o deputado havia sinalizado que aguardava a decisão do TRE para deixar o partido e declarou sua pré-candidatura ao governo do Paraná. Com uma carreira política consolidada no Legislativo, Requião Filho defende que tirar o atual projeto político que comanda o Paraná é necessário para barrar a venda de empresas públicas que dão lucro para o Estado e oferecem serviços essenciais para a população.

Sobre o novo partido, Requião Filho afirma que ainda não tem definições. Ele destaca ter recebido diversos convites, mas que ainda está analisando as propostas. Em suas declarações, o parlamentar defende uma escolha pautada na viabilidade de construir um projeto de sociedade e governo, respeitando as necessidades da população.

“Ainda preciso compreender qual partido nos permitirá fazer a política da forma que acreditamos. Quero reforçar que, aqui no Paraná, o PT tem projeto, mas não é projeto de Paraná, é projeto de poder. Infelizmente o partido tem dono. Por isso, eles apostam sempre nos mesmos e não querem que ninguém cresça, nem mesmo petistas históricos têm tido espaço. E a gente sabe que política se faz construindo”, pontua.

E o PT? – Os diretórios nacional, estadual e municipal do PT emitiram uma Carta de Anuência de Desfiliação Partidária autorizando a saída de Requião Filho do partido. O documento caracteriza como “conflitos inconciliáveis” a candidatura do ex-governador Roberto Requião em um partido adversário na disputa das eleições municipais de 2024 para a Prefeitura de Curitiba. Roberto Requião também fez duras críticas ao PT e ao presidente Lula, e se desfiliou em março de 2024.

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

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