Câncer em remissão é cura?
Recentemente, a princesa de Gales, Kate Middleton, de 43 anos, postou em seu Instagram oficial que seu câncer está em remissão. O anúncio se deu no mesmo dia em que a princesa divulgou fotos de sua visita ao Hospital Royal Marsden, especializado em casos de oncologia, em Londres, UK.
“O termo remissão é usado para descrever quando houve resposta ao tratamento, ou seja, não há mais sinais identificáveis da doença nos exames de imagem e houve redução do marcador tumoral nos exames de sangue”, cita a cirurgiã oncológica Mariana de Castro Grass, do COP – Centro de Oncologia do Paraná.
Em muitos casos, o câncer pode ser controlado, mas o paciente precisa de monitoramento contínuo, mesmo quando há a remissão completa, pois isso não significa necessariamente que o câncer foi curado, porque há sempre o risco de que ele possa voltar, mesmo que esse risco seja pequeno.
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“É fundamental o monitoramento contínuo, pois mesmo em remissão completa, o câncer pode recidivar (voltar) após meses ou anos. Os médicos geralmente acompanham os pacientes com exames regulares e consultas para detectar qualquer sinal precoce de recorrência”, explica Dra. Mariana Grass.
Vale dizer que estar em remissão não significa necessariamente que o paciente está curado, embora possa ser um passo importante em direção a cura. A remissão indica que os sinais e sintomas do câncer desapareceram, mas há sempre a possibilidade de que células cancerígenas ainda estejam presentes no corpo em níveis indetectáveis e possam voltar a crescer no futuro. A cura se dá quando o câncer foi completamente erradicado e não há mais chance significativa de retorno.
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Porém, a cirurgiã oncológica do COP aponta que para algumas doenças oncológicas os médicos podem considerar um paciente “curado” se não houver sinais de recidiva por um período prolongado (geralmente 5 anos ou mais), mas isso depende do tipo de câncer e de sua agressividade. Ainda assim, o termo “cura” deve ser usado com prudência, já que cada caso é único.