Erro do ciclista não justifica possível discriminação racial por parte de policial em Sarandi

Erro do ciclista não justifica possível discriminação racial por parte de policial em Sarandi

Um vídeo que circula nas redes sociais tem gerado revolta e debate em Sarandi. Nas imagens, um jovem ciclista é flagrado empinando uma bicicleta pelas ruas da cidade, colocando em risco sua própria segurança e a de terceiros. No entanto, a situação toma um rumo ainda mais grave quando uma viatura policial aparece no local e, em vez de tomar as medidas cabíveis para coibir a infração, um dos policiais aupostamente comete um ato de discriminação racial, chamando o jovem de “macaco”.

A atitude do ciclista, embora repreensível por colocar vidas em risco, não justifica o comportamento do policial, que, ao invés de agir com profissionalismo, optou por cometer um possível crime de racismo. O caso expõe dois problemas graves: a irresponsabilidade de alguns cidadãos ao desrespeitar as normas de trânsito e a conduta inadequada de agentes públicos que, em vez de zelar pela ordem, agem supostamente com preconceito e violência verbal.

A discriminação racial é crime inafiançável e imprescritível, conforme previsto na legislação brasileira. O policial, que deveria ser o primeiro a respeitar e fazer cumprir a lei, acaba por violá-la de forma explícita. Por outro lado, o ciclista também precisa ser responsabilizado por suas ações, que colocaram em risco a segurança pública.

A pergunta que fica é: até quando cenas como essas continuarão a acontecer? De um lado, indivíduos que insistem em agir de forma irresponsável, desafiando as regras de convívio social. De outro, aqueles que deveriam garantir a ordem e a segurança, mas que, em vez disso, perpetuam o preconceito e a discriminação.

É fundamental que ambos os lados sejam responsabilizados. O ciclista deve responder por suas ações de risco, e o policial precisa ser punido por seu comportamento discriminatório. Um erro não justifica o outro, e a sociedade não pode se calar diante de situações como essa. É preciso refletir sobre os valores que queremos defender e garantir que a lei seja aplicada de forma justa e igualitária para todos.

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

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