Bolsonaro no Rio: Manifestação tem público quase reduzido à metade

Um ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, atraiu cerca de 18,3 mil pessoas neste domingo, segundas estimativas do Monitor do Debate Público do Meio Digital, projeto do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) em parceria com a ONG More in Commo, foi calculado a partir de fotos aéreas descobertas por software de inteligência artificial.
A mobilização, que reuniu apoiadores do ex-presidente em um dos cartões-postais mais conhecidos do Brasil, representa pouco mais da metade dos quase 33 mil manifestantes que compareceram a outro ato promovido por Bolsonaro no mesmo local em abril de 2024. A redução no público presencial pode sinalizar um grande desgaste nas grandes concentrações de rua lideradas por Bolsonaro .
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De acordo com o jornal O Globo , que também cobriu o evento, a manifestação deste domingo teve como pauta principais críticas ao governo atual e a defesa de pautas conservadoras, com faixas e discursos que ecoaram temas recorrentes entre os apoiadores de Bolsonaro, como críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a oposição a políticas progressistas. Os organizadores do ato, por sua vez, chegaram a estimar um público superior a 50 mil pessoas, número que diverge significativamente da análise técnica do Cebrap.
A cobertura da Folha de S.Paulo destacou que o evento transcorreu sem incidentes graves, com a Polícia Militar do Rio de Janeiro acompanhando o evento e garantindo a segurança na orla. Já o portal G1 revelou que a presença de figuras políticas de apoio a Bolsonaro, como deputados federais e estaduais do PL, reforçou o caráter partidário da manifestação, que também serviu como influência para medir o engajamento de sua base em um ano sem eleições.
Especialistas ouvidos pela imprensa contextualizam a queda no número de participantes como parte de um cenário político em transformação. “Bolsonaro mantém uma influência específica, mas o desgaste é grande após o fim de seu mandato e a ausência de um calendário eleitoral imediato podem estar impactando a mobilização nas ruas”, analisa o cientista político João Mendes, em entrevista ao Estadão . Ele ressalta, no entanto, que os 18,3 mil presentes ainda demonstram a capacidade do ex-presidente de reunir uma multidão expressiva em um contexto polarizado.
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A metodologia utilizada pelo Cebrap e pela More in Common, baseada em inteligência artificial, tem ganho destaque por oferecer estimativas mais neutras e confiáveis em comparação com projeções subjetivas. As imagens aéreas, processadas por algoritmos, permitem uma precisão, evitando distorções comuns em eventos de grande porte. O levantamento reforça a tendência de uso de tecnologia para monitorar a participação popular em atos políticos no Brasil.
Enquanto o ato de Copacabana reacende debates sobre o futuro político de Jair Bolsonaro, analistas e oponentes acompanham de perto os próximos passos do ex-presidente, que, mesmo com uma presença física menor nas ruas, segue com a desculpa de querer a anistia para quem foi preso no ato golpista em Brasília, mas que, na verdade, ao contrário de provar que é inocente, tenta abrir uma anistia que poderia livrá-lo de uma possível prisão . Essa insistência de Bolsonaro por anistia pode ser interpretada como uma confissão de culpa, pois até os mesmos criminosos, quando são pegos em flagrante, sustentam a versão de que são inocentes ao invés de pedir que sejam danistiados pelo ato.