Especialista da Bayer explica a relação entre rins e coração

No mês do celebrado Dia Mundial do Rim, em 13 de março, é importante destacar que se estima que 850 milhões de pessoas – aproximadamente 10% da população mundial – tenham alguma forma de doença renal crônica (DRC), segundo a Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN -International Society of Nephrology). Dentre as causas da DRC, o diabetes tipo 2 é uma das mais comuns. Além do comprometimento da função renal, a DRC aumenta as chances de complicações cardiovasculares, como infarto, derrame e insuficiência cardíaca (IC), doenças relacionadas ao coração.
Para abordar o cenário, a médica e gerente médica da área cardiorrenal na divisão de saúde da Bayer Brasil, Clarissa Castro, explica como rins e coração atuam em parceria, a necessidade de um diagnóstico precoce para prevenção e retardamento de doenças e os tratamentos disponíveis atualmente.
P: Qual a função dos rins e coração no organismo e por que estão conectados?
Clarissa: Os rins são responsáveis por remover os resíduos presentes no sangue e auxiliar no controle da pressão arterial, entre outras funções. Para que os rins funcionem corretamente, eles precisam que o sangue circule de maneira adequada – papel do coração. Você pode não fazer a conexão imediatamente, mas rins e coração trabalham em parceria, desempenhando funções complementares. Quando existe prejuízo na função de um, aumenta-se a chance de haver algum grau de disfunção também no outro.
P: Pacientes com doença renal podem ter problemas de coração?
Clarissa: É comum notar uma relação entre a doença renal e a doença cardíaca. Pacientes com estágios iniciais da DRC (estágio 1 ou 2) têm dez vezes mais risco de eventos cardiovasculares, na comparação com pacientes sem a doença. Nos estágios mais avançados, esse risco é ainda maior. No caso específico da DRC associada ao diabetes tipo 2, há um risco seis vezes maior de morte por doenças cardíacas. Por isso, é mais do que necessário se atentar às doenças do coração em pacientes com doença renal, porque é mais provável que eles acabem morrendo por causas cardiovasculares antes mesmo de chegar a precisar de alguma terapia de substituição renal, como diálise ou transplante.
P: Como é feito o diagnóstico da DRC? Há formas de prevenção?
Clarissa: A DRC é muitas vezes assintomática em seus estágios iniciais, mas sua progressão pode evoluir para casos mais graves como diálise, transplante renal e até mesmo graves impactos cardiovasculares. O diagnóstico é realizado através de exames de sangue e urina. Por isso, manter os exames em dia e um acompanhamento médico regular é ideal para a preservação da saúde de seus rins e coração. No caso dos pacientes com diabetes tipo 2, por exemplo, é essencial que os exames para o rastreamento da DRC sejam feitos pelo menos uma vez por ano. A prevenção é feita principalmente com o controle adequado das doenças que favorecem o surgimento da DRC, como hipertensão e diabetes, além de hábitos de vida saudáveis, com a prática de exercícios físicos e alimentação equilibrada.
P: Há tratamentos para a doença renal crônica?
Clarissa: Sim. Embora a DRC não tenha cura, existem tratamentos seguros e eficazes para reduzir o risco de progressão do dano renal. Como comentamos no início, devido à relação muito íntima entre os rins e o coração, esses tratamentos também diminuem as complicações cardíacas, oferecendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes com DRC. O ideal é conversar com o médico para saber mais sobre como eles funcionam e em quais casos eles são indicados.
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