Ato de Bolsonaro na Paulista teve menos público do que o necessário para eleger um deputado federal no Paraná

Ato de Bolsonaro na Paulista teve menos público do que o necessário para eleger um deputado federal no Paraná

O ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, hoje domingo (6), reuniu menos pessoas do que o primeiro show do grupo de k-pop sul-coreano Stray Kids, realizado um dia antes na capital paulista. A comparação entre os eventos, de naturezas completamente distintas, serve para ilustrar a limitação do poder de mobilização atual do bolsonarismo, mesmo em seu reduto .

De acordo com levantamento realizado pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital do Cebrap e pela ONG More in Common, com coordenação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), o ato bolsonarista contou com cerca de 44,9 mil pessoas, com margem de erro de 5,4 mil para mais ou para menos.

Já o show do Stray Kids, realizado no Estádio do Morumbi no sábado (5), atraiu 65 mil pessoas, segundo a organização do evento. A diferença entre os dois públicos ultrapassa os 20 mil presentes, evidenciando que o fenômeno do k-pop mobilizou mais gente que o político.

Proporção mínima da população

Considerando a população da cidade de São Paulo, atualmente estimada em 11.895.578 habitantes segundo o IBGE, o ato político reuniu cerca de 0,38% da população paulistana. Já o show do grupo coreano correspondeu a aproximadamente 0,55%, uma vantagem numérica significativa.

Nem deputado no Paraná

A diferença de público também chama atenção quando comparada aos números das eleições proporcionais. No Paraná, por exemplo, o deputado federal eleito com menos votos em 2022 foi Padovani (União Brasil), com 57.185 votos — o equivalente a 0,93% dos votos válidos no estado. Ou seja, mesmo se todo o público do ato de Bolsonaro se transformasse em votos, não seria suficiente sequer para eleger um único deputado federal paranaense.

A comparação escancara o desafio enfrentado pelo ex-presidente e seus aliados: a militância digital ainda é barulhenta, mas o engajamento presencial e a capacidade real de mobilização popular podem estar em retração — especialmente fora do ciclo eleitoral.

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

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