Gestão pública com propósito: a importância dos CCs

Na administração pública, um tema que frequentemente gera debates acalorados é a percepção sobre as cargas de confiança, também conhecidas como CCs (Cargo comissionados). Muitas vezes, essas posições são alvo de preconceitos, vistos por parte da população como meros instrumentos de favorecimento político ou apadrinhamento. No entanto, o que a maioria das pessoas não sabe — ou não reflete a fundo — é que os cargos de confiança são, na verdade, peças-chave para o sucesso de uma gestão municipal. Diferentemente dos servidores concursados, que formam uma base estrutural e garantem a continuidade do serviço público, os CCs trazem flexibilidade e dinamismo, sendo o verdadeiro diferencial entre uma administração mediana e uma gestão transformadora.
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Os servidores concursados, cuja importância é inegável, são os pilares da máquina pública. Eles garantirão a estabilidade e a execução das políticas públicas ao longo dos anos, independentemente de quem estiver no comando. São profissionais especializados, selecionados por méritos, que dominam as rotinas e os processos burocráticos essenciais. Porém, justamente por sua estabilidade — uma conquista histórica e necessária —, esses servidores não podem ser facilmente realocados ou dispensados, mesmo quando os resultados em determinado setor não atendem às expectativas da população ou às metas de um novo gestor.
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É aí que entram os cargos comissionados. Esses profissionais, geralmente escolhidos por prefeitos ou secretários, têm a missão de implementar a visão e os projetos de gestão eleitos. São eles que, muitas vezes, trazem expertise técnica de áreas específicas, criatividade e agilidade para ajustar o rumo de setores que precisam de mudanças rápidas. Se um departamento municipal não estiver funcionando como deveria, o gestor pode substituir ou dispensar um comissionado, algo inviável com um concursado. Essa flexibilidade é o que permite que uma administração se adapte às demandas do momento e cumpra as promessas feitas durante a campanha.

Imagine, por exemplo, uma cidade que precisa modernizar sua coleta de resíduos ou melhorar a eficiência de sua rede de saúde pública. Os concursados mantêm o sistema em funcionamento, mas as cargos de confiança são os responsáveis por trazer novas ideias, liderar equipes e executar estratégias inovadoras. Sem essa possibilidade de contar com pessoas homologadas ao plano de governo — muitas vezes especialistas vindos de outras áreas ou até de fora do município —, por que teria a necessidade de eleger um novo prefeito? Afinal, são as escolhas do gestor, refletidas em sua equipe, que moldam o caráter de uma administração.
Claro, isso não significa que as cargos comissionados sejam perfeitos ou imunes a críticas. O mau uso dessas posições, como a nomeação de pessoas sem qualificação apenas por laços políticos, alimenta o preconceito contra os CCs. Porém, quando bem utilizados, eles são a ponte entre a vontade popular expressa nas urnas e os resultados concretos nas ruas. Uma gestão eficiente sabe equilibrar a solidez dos concursados com a ousadia dos comissionados, reconhecendo que ambos são complementares.
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Portanto, é hora de olhar para os CCs com menos desconfiança e mais entendimento. Eles não são apenas “indicados políticos”, mas sim agentes de mudança que, ao lado dos concursados, fazem a diferença na qualidade de vida da população. Valorizar esses profissionais é reconhecer que a democracia também depende da capacidade de um líder eleito montar uma equipe técnica e comprometida para transformar promessas em ações. Sem os CCs, a estabilidade dos concursados poderia se tornar apenas sinônimo de inércia — e não de progresso.