Luiz Neto dispara: “Pode ser a frente, atrás, o lado que for”

Na Câmara de Maringá, o vereador Luiz Neto tem se destacado — nem sempre pelos motivos mais diplomáticos. Na função de líder do prefeito, esperava-se que ele atuasse como articulador, ponte entre Executivo e Legislativo, voz do equilíbrio. No entanto, o que se vê, com frequência, é uma performance que oscila entre a ferocidade de um pitbull e a docilidade de uma collie chamada Lassie.
Quando a pauta é controversa, Luiz Neto parece disposto a enfrentar tudo e todos com uma agressividade que mais atrapalha do que ajuda. Gesticula, sobe o tom, atropela a lógica e, em sua ânsia por convencer, acaba por complicar aquilo que tenta explicar. É nesse momento que a retórica se desfaz e o discurso, que deveria ser firme e racional, torna-se confuso, muitas vezes, contraditório.
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Mas curiosamente, quando a pressão aumenta e os questionamentos se intensificam, o “pitbull” dá lugar a uma versão adestrada de si mesmo — aí surge a “Lassie” parlamentar: obediente, tentando agradar a todos, desviando de perguntas diretas com respostas genéricas ou apelando para o emocional.
Essa gangorra comportamental fragiliza o papel de liderança que deveria exigir coerência, clareza e, principalmente, estabilidade emocional. Ser combativo não é, por si só, um problema. O problema está em ser combativo quando se deve dialogar e ser submisso quando se exige firmeza. No final, fica difícil saber qual Luiz Neto entrará em cena: o que rosna ou o que abana a cauda.
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Para representar o Executivo, é preciso mais do que lealdade canina. É preciso seriedade, preparo e um discurso que não mude conforme a direção do vento — ou da pressão política.
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