Cris Lauer(novo) condenada: Justiça confirma desvio e exige devolução de dinheiro público

Cristianne Costa Lauer, conhecida como Cris Lauer (Novo), foi condenada por enriquecimento ilícito e terá que devolver quase R$ 40 mil aos cofres públicos
A vereadora de Maringá, Cristianne Costa Lauer (Novo), foi condenada por improbidade administrativa com base na Lei nº 8.429/1992 — a chamada Lei de Improbidade Administrativa — pelo juiz Márcio Augusto Matias Perroni, da 1ª Vara da Fazenda Pública da cidade. Ela se tornou a única vereadora da legislatura anterior, composta por 15 parlamentares, a receber esse tipo de condenação.
De acordo com a sentença, Lauer utilizou o então chefe de gabinete, o advogado Bruno Di Lascio, para tratar de assuntos particulares enquanto ele ainda ocupava um cargo público. A denúncia foi originalmente veiculada pelo Blog do Rigon, que também divulgou um áudio considerado crucial para o desfecho do processo. No trecho, a própria vereadora confirma o uso do servidor para cuidar de seus interesses pessoais, o que corrobora as alegações do Ministério Público do Paraná (MPPR).
“De fato, após a oitiva do áudio, verifica-se que seu conteúdo é deveras esclarecedor acerca da existência de um combinado de vontades entre a vereadora e seu ex-servidor para que este atuasse no patrocínio de seus processos judiciais enquanto figurava como chefe de gabinete”, afirma trecho da sentença. O juiz concluiu que o foco do trabalho de Di Lascio era a defesa pessoal de Lauer, e não as funções públicas que deveria exercer no gabinete.
Como consequência, a vereadora foi condenada a devolver R$ 19.638,02 aos cofres públicos — valor considerado enriquecimento ilícito — além de pagar uma multa civil no mesmo montante e arcar com as custas e demais despesas processuais. Inicialmente, o Ministério Público também havia pedido a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos da parlamentar, mas o promotor responsável pelo caso posteriormente abriu mão dessas penalidades.
Durante o andamento do processo, a notificação da vereadora enfrentou atrasos. No final de 2024, o diretório local do Partido dos Trabalhadores (PT) chegou a protocolar um pedido de cassação do mandato de Lauer, alegando falta de ética e de decoro parlamentar. No entanto, a ação foi arquivada pelo então presidente da Câmara Municipal, que alegou ter sido alvo de ataques por causa da iniciativa.
O caso levanta novamente o debate sobre a transparência e o uso de recursos públicos no Legislativo municipal. A íntegra veja abaixo:
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Fonte: www.maringanews.com.br