Bebê brasileiro é o único do mundo filho de casal gay nascido em 17 de maio, diz Google

A informação foi passada aos pais da criança num comunicado oficial da plataforma para lembrar o dia mundial de luta contra a LGBTfobia
O Brasil é o país que registra o maior número de mortes violentas contra a comunidade LGBTQIA+. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cada hora uma pessoa é vítima de transfobia. Mas, ainda que lentamente a sociedade reage e registra avanços em várias áreas. Uma delas é o direito garantido em lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Essa oportunidade de constituir uma família permitiu um aumento significativo de casais homoafetivos que desejam ter um filho. O que fez com que crescesse a procura pelos tratamentos de fertilização nas clínicas de reprodução assistida. E os avanços da medicina foram fundamentais para dar aos casais a oportunidade de gerar um filho até com o DNA dos dois pais.
Henrique & Juliano lotam arena
É o caso de Jarbas e Mikael que usaram a irmã de Mikael como barriga solidária para gerar Antonella, o primeiro bebê nascido com o DNA dos dois pais. “Desde que Antonella nasceu nossa vida se transformou, nossa rotina mudou e hoje o sentimento é de que nossa família está completa”, afirma Mikael.
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Antonella nasceu no dia 17 de maio e logo o perfil criado pelos pais para acompanhar o crescimento da menina se tornou uma referência para outros casais que também querem ter um filho. “Eles nos perguntam sobre o processo de fertilização, querem saber sobre a barriga solidária e também dar palpites na criação da Antonella. São todos muito participativos e nos apoiam de uma maneira incrível”, comenta Jarbas sobre o perfil que já tem mais de 135 mil seguidores.
Para o Dr. Alfonso Massaguer os tratamentos de fertilização In vitro (FiV) vieram para abrir as fronteiras da Reprodução humana e considera que “nesse momento é oportuno refletir sobre a diversidade de formas que a maternidade e a paternidade podem assumir na sociedade contemporânea e sobre como a reprodução assistida tem possibilitado que casais homoafetivos realizem o sonho de formar uma família”.
O próprio médico realiza um sonho que começou antes mesmo da Faculdade e surgiu de uma experiência pessoal, um episódio que deu a ele motivação para ingressar na área de reprodução humana. “Eu cresci num ambiente de tolerância e liberdade, mas uma parte grande da família era extremamente conservadora. Um Primo enfrentou enormes dificuldades ao assumir sua homossexualidade, o maior dilema dele é dos pais, era a ideia de que a sua orientação sexual o impediria de viver a paternidade”, relembra.
Com o avanço das técnicas de reprodução e um aumento na aceitação social e legal das uniões homoafetivas, o cenário para esses casais mudou significativamente. “O que era um dilema, que vi de perto com a história do meu primo, passou a ser uma realidade tanto para casais masculinos quanto femininos”, explica o médico.
Para casais homoafetivos masculinos, a fertilização in vitro (FIV) é a principal opção. “É necessário uma doadora de óvulos anônima e uma doadora temporária de útero”, informa Dr. Massaguer. No Brasil, a doação de óvulos é um procedimento rotineiro, assim como a cessão temporária de útero, que requer liberação do Conselho Regional de Medicina, exceto quando a doadora é parente até o quarto grau de um dos parceiros.
Já para casais femininos, além da FIV, existe a possibilidade da inseminação artificial com sêmen de doador anônimo ou familiar. “Em casais de mulheres também é comum a gestação compartilhada de ambas”, destaca. Nesse caso, o embrião formado com o óvulo de uma parceira é colocado no útero da outra.
Dr. Massaguer enfatiza o impacto emocional e profissional de ajudar esses casais. “Cada casal que sai da clínica com o bebê no colo é uma realização profissional”, afirma. Ele expressa o desejo de ter podido tranquilizar seu primo no passado, assegurando que a angústia de não poder formar uma família não era um problema sem solução, “hoje, como médico, especialista em reprodução, sou testemunha de como a medicina reprodutiva não apenas transformou vidas de pessoas como o meu primo, mas também redefiniu a concepção de família na sociedade contemporânea”, finaliza.
Sobre Dr. Alfonso Massaguer – CRM 97.335
É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e Canadá.
Sobre a Clínica Mãe
A Clínica Mãe é uma instituição de referência em reprodução assistida, dedicada a ajudar pessoas a realizarem o sonho de se tornarem pais. Com uma equipe altamente qualificada e utilizando as mais recentes tecnologias e métodos, a Clínica Mãe está comprometida em proporcionar cuidados personalizados e de alta qualidade a cada um de seus pacientes.
Site: clinicamae.med.br