Ácido hialurônico nacional ganha espaço em procedimentos

Ácido hialurônico nacional ganha espaço em procedimentos

A presença do ácido hialurônico (AH) em procedimentos estéticos corporais tem se ampliado com a chegada de novas formulações desenvolvidas no Brasil. Um dos produtos utilizados em abordagens técnicas recentes é o Bellarine Max Up, fabricado pela farmacêutica nacional Lebon Farma. O produto possui indicação em bula para aplicações que vão do subcutâneo profundo ao supraperiostal e é produzido com uma tecnologia chamada No Thermal Stress (NTS), que, segundo o fabricante, elimina o estresse térmico durante sua fabricação.

De acordo com apresentações técnicas realizadas em eventos e treinamentos, a ausência de exposição térmica pode contribuir para preservar a estrutura do gel, tornando-o estável. O produto também não contém lidocaína, o que, segundo a médica Dra. Mariana Ribeiro, pode facilitar o controle da quantidade total de anestésico utilizada por sessão, respeitando os limites clínicos recomendados.

Percepções do uso

O ortopedista Dr. Hamilton Couto relata que tem utilizado o produto em diferentes planos anatômicos e destaca a importância de associar escolha do material com a técnica adequada. “A combinação entre forma, volume, firmeza e segurança deve sempre guiar a decisão clínica. Apresentarei casos em que utilizei esse protocolo durante o AMWC 2025”, afirma.

A médica Dra. Mariana Ribeiro reforça o benefício da ausência de lidocaína na composição para determinados perfis de pacientes. Segundo ela, esse fator pode ampliar o volume aplicável com segurança, respeitando os parâmetros técnicos vigentes.

A médica Dra. Tábita Nunes, com atuação em estética corporal, comenta sobre a consistência do gel e o controle durante a aplicação, destacando que são elementos considerados em treinamentos. Já o biomédico Dr. Jefferson Queiroz observa que o produto tem sido utilizado com foco na obtenção de projeção e na manutenção de estabilidade pós-procedimento.

Aplicações e adesão crescente

De acordo com relatos de profissionais, o produto tem sido aplicado com o objetivo de contornar áreas de depressão anatômica e contribuir para projeção localizada. Os casos envolvem diferentes perfis de pacientes, desde aqueles que nunca realizaram intervenções até pessoas em fase de complementação de tratamentos prévios.

Tecnologia nacional e acesso

Fabricado no Brasil, o produto possui registro como dispositivo médico de classe IV pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é distribuído por empresas especializadas com cobertura nacional. Conforme informado pela distribuidora autorizada LRG Med, houve aumento na demanda desde novembro de 2024, em especial em regiões com menor oferta de produtos importados.

Cenário atual

O uso crescente de produtos com formulação nacional e registro regulatório tem sido discutido em eventos técnicos por contribuir com a padronização de práticas e com o acesso seguro a protocolos clínicos. Neste contexto, o Bellarine Max Up tem sido citado como parte das abordagens clínicas voltadas à harmonização corporal com insumos absorvíveis.

DINO