Ratinho Segurança pública exige respeito: A meia entrada não é a melhor saída para a valorização dos profissionais da segurança no Paraná

Ratinho Segurança pública exige respeito: A meia entrada não é a melhor saída para a valorização dos profissionais da segurança no Paraná

Na próxima terça-feira, 20 de maio, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná votará o parecer de um projeto de lei do deputado Delegado Tito Barichello, que propõe a concessão de meia-entrada em eventos culturais para profissionais da segurança pública. O parlamentar convoca os sindicatos da categoria a comparecerem à sessão em apoio à proposta, que ele apresenta como um gesto de valorização.

Mas entre os próprios profissionais da segurança, a reação tem sido de indignação. “Parece piada pronta”, resumiu um servidor. E não é difícil entender por quê.

sete anos, os servidores enfrentam a ausência de reposição salarial. A defasagem já ultrapassa 45% do poder de compra. Nesse cenário, a oferta de meia-entrada em cinema, teatro ou shows não soa como um reconhecimento, mas como escárnio. Como disse um policial: “Não temos necessidade de circo e cinema, mas do pão que compramos no mercado, do remédio na farmácia, de um bom plano de saúde…”

O que poderia parecer um gesto simbólico de boa vontade revela-se um ato vazio de marketing político. A medida não implica custo para o Estado — será bancada pelo setor privado — e serve mais para render publicações nas redes sociais do que para enfrentar os reais problemas da categoria. Não resolve a crise no contracheque, nas condições de trabalho, na saúde mental, na estrutura precária e na falta de proteção jurídica que esses profissionais enfrentam diariamente.

Diante disso, cresce entre os servidores a posição de que os sindicatos não devem comparecer à sessão da CCJ. Essa pode ser a resposta mais coerente: não legitimar uma tentativa de dourar a pílula do abandono com um “agrado” que, na prática, não enche a geladeira nem paga uma cesta básica.

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Valorização verdadeira exige coragem política. Exige enfrentar os debates difíceis: reajuste salarial, melhoria das condições de trabalho, garantia de direitos básicos. Meia-entrada é só distração — e, pior, tentativa de silenciar uma pauta urgente com migalhas.

O grito dos aposentados: dia 3 de junho será dia de luta

A indignação não está restrita aos servidores da ativa. Os aposentados — os mais afetados pela ausência da data-base — também se mobilizam. O Fórum das Entidades Sindicais (FES) prepara um grande ato no dia 3 de junho, na Assembleia Legislativa do Paraná, em defesa daqueles que dedicaram uma vida inteira ao serviço público e agora enfrentam dificuldades até para manter o básico.

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Sem a reposição da inflação, muitos aposentados já acumulam perdas que comprometem sua alimentação, saúde e dignidade. São pessoas que construíram o Estado e hoje são tratados com descaso.

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Enquanto o governo Ratinho Jr. se recusa a negociar e ignora os apelos da categoria, o arrocho avança. Mas a resposta também cresce: no radar estão greve geral, acampamento em frente ao Palácio Iguaçu e paralisações por tempo indeterminado.

Chega de paliativos. Chega de maquiagem. O funcionalismo público exige respeito — e esse respeito começa no contracheque, não no ingresso do cinema.

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

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