Novidades do marketing digital impulsionam e-commerces

Novidades do marketing digital impulsionam e-commerces

O impulso gerado pela adoção de novas tecnologias no marketing digital tem atualizado também o comportamento dos consumidores que optam pelo e-commerce.

Com o uso crescente de inteligência artificial, destacado no Relatório de Tendências de Negócios de IA para 2025 do Google, a popularização da busca por voz e a integração de canais de vendas on-line e off-line, o setor vem adaptando suas estratégias para atender a um consumidor cada vez mais conectado.

No marketing digital aplicado ao e-commerce, diferentes tendências vêm ganhando relevância, influenciando diretamente a experiência de compra, os formatos de conteúdo e as estratégias de venda adotadas pelas empresas.

Um estudo realizado pela PWC no fim do ano passado ajuda a entender como a união entre inovação digital e o toque humano — tanto on-line quanto na loja — geralmente é o fator-chave para aumentar a receita e fortalecer a fidelidade à marca.

Busca por voz muda padrão de buscas e exige revisão no SEO

A popularização de assistentes de voz como Alexa, Siri e Google Assistant têm alterado a forma como os consumidores pesquisam produtos na internet. As consultas são feitas com frases completas e linguagem natural, o que exige mudanças nas estratégias de otimização para buscadores (SEO).

Para se ter uma ideia, na América Latina, a adoção da tecnologia ultrapassa 50%, com destaque para o uso via smartphones.

Essa mudança tem levado empresas a priorizarem conteúdos mais conversacionais e voltados à intenção de busca, e não apenas ao uso de palavras-chave isoladas.

Live commerce e vídeos interativos crescem como canais de conversão

O formato de vendas ao vivo, conhecido como live commerce, tem ganhado espaço em plataformas como TikTok, Instagram e YouTube. Durante as transmissões, os produtos são apresentados por marcas ou influenciadores, com possibilidade de interação em tempo real.

Vídeos interativos também estão sendo utilizados para engajar o consumidor, com funcionalidades como botões de ação e comentários. Esse formato tem sido aplicado principalmente em campanhas promocionais e lançamentos de produtos.

Um levantamento feito pela Wyzowl, que reuniu as estatísticas de marketing de vídeo entrevistando 205 pessoas entre consumidores finais e profissionais de marketing no final de 2024, aponta que:

  • O vídeo como ferramenta é usado por 89% das empresas;
  • Entre os efeitos de conversão para o público destacam-se que: 87% das pessoas foram convencidas a comprar um produto ou serviço assistindo a um vídeo;
  • Dos consumidores, 91% afirmam que a qualidade do vídeo impacta sua confiança em uma marca. Um aumento em relação aos 87% registrados no relatório produzido pela empresa divulgado no começo de 2024 e ainda;
  • Dos profissionais de marketing de vídeo, 84% dizem que o vídeo aumentou diretamente as vendas.

Conteúdo gerado por usuários e funcionários ganha relevância

Avaliações, fotos, vídeos e depoimentos de consumidores vêm sendo incorporados a estratégias de marketing digital, sob o conceito de conteúdo gerado por usuários (User Generated Content ou UGC). O material é usado tanto em redes sociais quanto nas páginas de produto de e-commerces, com o objetivo de reforçar a credibilidade das marcas.

Além disso, colaboradores também vêm sendo incentivados a produzir conteúdos espontâneos relacionados às empresas. Essa prática, chamada de employee advocacy, vem apresentando bons resultados segundo o Digital Marketing Institute.

Integração de canais fortalece omnichannel e social commerce

A jornada de compra passou a se distribuir entre múltiplos canais, exigindo integração entre loja física, e-commerce, redes sociais e marketplaces. 

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a estratégia omnichannel busca oferecer uma experiência fluida e contínua, independentemente do ponto de contato com o consumidor.

Paralelamente, o social commerce — que permite a finalização da compra diretamente dentro das redes sociais — tem transformado plataformas em ambientes de venda, aproximando o consumidor do produto sem sair do aplicativo.

Segundo a Hostinger, o comércio social está em plena ascensão e deve ultrapassar a marca de um trilhão de dólares até 2028, impulsionado por uma taxa de crescimento anual estimada em 13,7%. Plataformas como Facebook, Instagram, YouTube, TikTok e Pinterest continuam sendo peças-chave na consolidação desse cenário dinâmico e em constante transformação.

Inteligência artificial personaliza jornada de compra

O uso de inteligência artificial e machine learning permite que e-commerces personalizem a experiência do usuário com base em dados de navegação, histórico de compras e comportamento de consumo.

A personalização está presente em recomendações de produtos, campanhas de e-mail marketing, anúncios segmentados e até no atendimento por chatbots. 

Apesar da automação, especialistas ressaltam a importância do fator humano na interpretação de dados e na tomada de decisões. Segundo Rafael Monteiro, sócio e diretor de operações da agência de performance digital Fizzing 360º:

“A gente nunca pode querer trocar por um robô algo que é tão intrínseco nosso. A inteligência artificial, como o próprio nome já diz, é artificial. Ela traz dados duros, sem interpretação humana, sem um contexto que respeite o momento, respeite o que está acontecendo no dia aqui fora.”

Inovação digital passa a ser requisito básico no varejo

Com a transformação digital em ritmo acelerado, o marketing digital passou a ocupar um papel central nas estratégias do e-commerce para conversão, fidelização e retenção de clientes.

Para se manterem competitivas, empresas do setor têm investido em tecnologias que combinem dados, automação e experiência do usuário. Considerando o recente Relatório de Identidade e Fraude 2025 da Serasa Experian que revela que 82% dos consumidores brasileiros fazem pelo menos uma compra online por mês, o acompanhamento de novas tendências tornou-se uma prática incorporada às rotinas do mercado.

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