Setor de ar-condicionado cresce no Brasil e impulsiona indústria nacional

O setor de ar-condicionado no Brasil vive um momento de forte expansão. Dados divulgados pelo governo federal em março de 2025 indicam que o país produziu 5,9 milhões de unidades em 2024, consolidando-se como o segundo maior produtor mundial de aparelhos, atrás apenas da China. A informação reforça o potencial do mercado brasileiro, que acompanha a tendência de crescimento global e apresenta índices acima da média mundial.
No Brasil, o avanço é ainda mais expressivo: apenas o modelo Multi Split registrou aumento de 31% na produção em fevereiro de 2025 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já os modelos do tipo piso e cassete (PAC) apresentaram alta de 26%.
Segundo Raimundo Ribeiro, diretor comercial da Fujitsu General do Brasil, fatores como o aumento das temperaturas médias, o crescimento urbano, a busca por conforto térmico e a maior conscientização sobre consumo energético vêm impulsionando a demanda por sistemas de climatização. De acordo com ele, ‘o consumidor brasileiro está cada vez mais atento à tecnologia embarcada nos aparelhos e ao impacto ambiental das escolhas de compra’, o que também tem orientado as decisões de mercado.
O crescimento da demanda nacional tem movimentado toda a cadeia produtiva. Um exemplo é a Fujitsu General do Brasil, multinacional japonesa que completa 45 anos de atuação no país e acompanha de perto a evolução do setor. Com foco em inovação e sustentabilidade, a empresa investe em soluções com menor impacto ambiental, como aparelhos com gás R-32, que possuem baixo potencial de aquecimento global e nenhum impacto sobre a camada de ozônio.
De acordo com um estudo do Instituto Escolhas, o Brasil pode economizar até R$ 68,5 bilhões em energia e evitar a emissão de 6,7 milhões de toneladas de CO₂ equivalente até 2035, caso adote padrões mais rigorosos de eficiência energética e incentive a produção de equipamentos mais sustentáveis.
O avanço do mercado de ar-condicionado no Brasil acompanha uma transformação no perfil do consumidor, que passou a buscar equipamentos mais eficientes, silenciosos, conectados e ambientalmente responsáveis. Entre as principais tendências do setor estão a adoção de tecnologias inverter, o uso de gases refrigerantes ecológicos e a integração com soluções inteligentes de controle, segundo Raimundo.
Raimundo aponta que, embora o preço ainda seja fator determinante na escolha, cresce o número de consumidores que priorizam qualidade, inovação e responsabilidade ambiental na decisão de compra. A expectativa é de que esse movimento continue nos próximos anos, mantendo o Brasil entre os protagonistas do setor ao nível global.