O que a imprensa especializada falou sobre a estreia de Ancelotti na seleção brasileira?

O que a imprensa especializada falou sobre a estreia de Ancelotti na seleção brasileira?

Veja a análise de grandes veículos de comunicação e jornalistas especializados que acompanham o dia a dia da seleção nacional.

A estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira, no empate por 0 a 0 contra o Equador na noite de quinta-feira, 5 de junho, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, gerou repercussão ampla — e majoritariamente crítica — na imprensa esportiva nacional e internacional.

A CNN Brasil destacou a falta de criatividade e a postura apática do time, que não conseguiu se impor em campo. A atuação foi considerada fraca, mesmo com nomes de peso como Vini Jr., Casemiro e Richarlison. A aposta em Estêvão, em sua primeira titularidade, foi discreta.

O UOL Esporte reforçou as críticas individuais: Richarlison teve má atuação, Estêvão pouco produziu, e Vini Jr. não conseguiu repetir o desempenho de clube, apesar de ter participado das poucas boas jogadas brasileiras.

Da Globo, o jornalista André Rizek trouxe um tom mais realista: chamou atenção para o pouco tempo de treino (dois dias completos) e classificou o jogo como “chato”, mas dentro do esperado para o atual estágio da Seleção.

O jornal Lance! reconheceu a tentativa de estabelecer um padrão de jogo (recomposição e passes em profundidade), mas viu isso mais como intenção do que execução. Os erros de passe foram frequentes.

O comentarista Carlos Mansur (SporTV) destacou que a partida serviu como um “choque de realidade”. Para ele, houve ilusão de revolução imediata, mas o futebol da Seleção segue com problemas antigos, como dificuldade na saída de bola sob pressão e ausência de controle no meio-campo.

A Imprensa Internacional foi mais dura na análise, os Jornais de Madri (Espanha) como o Marca descreveu o jogo como “sem açúcar”, sem jogo bonito, chamando a Seleção de uma “sombra do que já foi”. O As reforçou a ideia de um time sem criatividade e afirmou que “Ancelotti não faz milagres” — o italiano terá muito trabalho para reorganizar ofensivamente a equipe.

Em geral a análise da imprensa converge em alguns pontos como o desempenho decepcionante que apesar da estreia de um técnico consagrado, o Brasil não apresentou um futebol vistoso ou eficiente. O time teve pouca criação ofensiva e dificuldade em controlar a partida.

O tempo curto de preparação: Há uma compreensão parcial de que o técnico teve apenas dois a três treinos, o que naturalmente limita o desempenho coletivo. Isso foi usado como atenuante por alguns comentaristas.

Problemas antigos persistem: Mesmo com uma nova comissão técnica, os problemas estruturais da Seleção seguem evidentes: dificuldade de saída de bola sob pressão, meio-campo pouco criativo e dependência de lampejos individuais.

Reação internacional crítica: A imprensa espanhola, com olhar especial sobre Ancelotti (ex-técnico do Real Madrid), foi mais dura e impiedosa, colocando em dúvida a capacidade de transformação rápida do italiano.

A estreia de Ancelotti revelou mais sobre os desafios da Seleção do que sobre o técnico em si. A expectativa por mudanças imediatas esbarrou na realidade do futebol: um elenco com problemas estruturais, sem tempo de treino, contra um adversário competitivo e bem organizado. O saldo geral foi de frustração, mas sem pânico — a avaliação predominante é que o trabalho real de Ancelotti está apenas começando, e o cenário exige paciência e ajustes profundos.

Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Redação O Diário de Maringá

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