Encenação de um relacionamento tóxico?
Circula nas redes sociais um vídeo protagonizado pela vereadora Giselli Bianchini que, embora seja uma encenação, causa desconforto especialmente vindo de alguém que se diz defensora de valores como Deus, Pátria e Família. No vídeo, a vereadora simula uma cena em que trata o marido com rispidez. Mesmo ele chegando de forma educada, é recebido com hostilidade gratuita.
Ainda que seja uma encenação, o conteúdo é de extremo mau gosto. É importante lembrar que, se a situação fosse inversa um marido tratando a esposa dessa forma, a sociedade reagiria com total repúdio, e com razão. Portanto, independentemente do gênero, esse tipo de comportamento encenado transmite uma mensagem negativa e não deve ser naturalizado ou tratado como entretenimento.
O humor tem limites, e quando usado para retratar relações abusivas ou desrespeitosas, corre o risco de reforçar estereótipos e comportamentos prejudiciais. Espera-se mais responsabilidade e coerência de figuras públicas, especialmente daquelas que ocupam cargos eletivos e se dizem defensoras da família.
Felizmente, trata-se apenas de uma encenação. Mas se fosse real, revelaria um relacionamento tóxico e desequilibrado. Ainda assim, o vídeo não deveria sequer ter sido feito, pois não contribui com o debate público nem com os valores que a própria vereadora afirma representar.
Falar que está sobrecarregada e sem tempo nem pro marido não cola ainda mais quando muita gente já acha que o mandato dela é pura encenação.
Pelo jeito, a paixão pelo Bolsonaro parece ser maior do que pelo próprio marido logo atrás da vereadora, há duas imagens do ex-presidente, mas nenhuma foto dela com o marido ou com a família
