Novo Instituto Gi promove formação e inclusão profissional

Alinhada ao compromisso global com a construção de um mercado de trabalho mais justo, a Gi Group Holding lança oficialmente no Brasil o Instituto Gi. A iniciativa nasce com a missão de ampliar o impacto social da companhia no país, replicando o modelo de atuação já consolidado na Itália por meio da Fondazione Gi Group.
Com o Instituto Gi, a holding dá um novo passo no fortalecimento de sua atuação social no país. A proposta é promover um mercado de trabalho mais acessível, sustentável e equitativo por meio da formação e inserção de grupos historicamente marginalizados. Em seu primeiro ano de operação, o Instituto irá oferecer uma turma piloto com 50 vagas destinadas a pessoas com deficiência (PcDs), que ainda enfrenta barreiras significativas para acessar oportunidades formais de trabalho.
A capacitação será oferecida em formato híbrido, com duração de dois meses, e abordará temas como preparação para entrevistas, desenvolvimento de competências comportamentais e orientações práticas sobre o mercado de trabalho.
“O Instituto nasce com o propósito de reduzir lacunas históricas no acesso ao mercado de trabalho. A inclusão produtiva vai além da contratação: envolve formação, apoio e condições reais de permanência e crescimento”, comenta Ana Carolina Miki Martins, gestora de responsabilidade social no Instituto Gi. Ela explica que o foco inicial em PcDs reflete a necessidade de ampliar oportunidades para um grupo frequentemente invisibilizado nas políticas de empregabilidade.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contava, em 2022, com cerca de 17,4 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa. Deste total, apenas 4,6 milhões estavam ocupadas no mercado de trabalho, sendo que 1,1 milhão possuíam carteira assinada no setor privado.
No universo das 99,3 milhões de pessoas ocupadas no Brasil naquele ano, apenas 4,7% eram pessoas com deficiência.
A pesquisa também revelou disparidades educacionais relevantes: apenas uma em cada quatro pessoas com deficiência concluiu o Ensino Básico Obrigatório. A taxa de analfabetismo nesse grupo foi de 19,5%, mais que o triplo da média nacional. Além disso, 63,3% das pessoas com deficiência com 25 anos ou mais tinham até o ensino fundamental incompleto ou nenhuma instrução, e 11,1% haviam completado o fundamental, mas não o ensino médio.
Com duração de quatro semanas, o curso abrange noções de administração, habilidades interpessoais, uso do pacote Office, preparação para processos seletivos e orientação sobre LinkedIn. Ao final, os participantes terão acesso a oficinas presenciais e mentorias individuais com profissionais da empresa.
A pauta da inclusão também é prioridade em nível global. A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) reforça o compromisso com a redução das desigualdades e destaca a importância de promover a inclusão social, econômica, trabalhista e política das pessoas com deficiência em todas as esferas da sociedade.
A atuação do Instituto deve se expandir nos próximos anos com novas turmas. “Nosso compromisso é ampliar cada vez mais o impacto social do Instituto, expandindo suas turmas e abrangência. Acreditamos que a inclusão deve ser ampla, transversal e transformadora”, afirma Martins.
Lei de Cotas completa 35 anos, mas inclusão plena ainda enfrenta barreiras
Prestes a completar 35 anos, a chamada Lei de Cotas — estabelecida pelo artigo 93 da Lei nº 8.213/1991 — determina que empresas com 100 ou mais funcionários reservem de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência (PcDs). Apesar dos avanços promovidos pela legislação, desafios significativos ainda limitam a inclusão efetiva desse público no mercado de trabalho.
Entre os principais entraves estão a falta de acessibilidade, estigmas persistentes e o preconceito estrutural. “A lei foi um marco essencial, mas o capacitismo segue sendo uma das barreiras mais difíceis de superar. Muitas vezes, a dúvida sobre a capacidade profissional da pessoa com deficiência pesa mais do que sua formação ou experiência”, destaca Martins.
Sobre a Gi Group Holding
Fundada em 1998, a Gi Group Holding está presente em mais de 30 países, oferecendo serviços em recrutamento, treinamento, terceirização e consultoria em gestão de pessoas. No Brasil desde 2008, atua com foco em empregabilidade, inclusão e desenvolvimento organizacional.