Estudo mostra eficácia da tirzepatida na obesidade

Estudo mostra eficácia da tirzepatida na obesidade

A tirzepatida tem sido destacada em estudos recentes como uma opção relevante para o tratamento da obesidade e do sobrepeso em adultos, principalmente devido à sua eficácia na redução de peso e aos benefícios metabólicos associados. Ensaios clínicos de fase III demonstram que o medicamento pode proporcionar reduções médias de peso entre 16 e 23,6 kg, após uso semanal, com até 40% dos participantes alcançando perda de peso corporal entre 16% e 22,5% do valor inicial. 

Ela age como um agonista duplo dos receptores GIP e GLP-1, atuando sobre mecanismos relacionados à saciedade, apetite e metabolismo energético. Este mecanismo de ação confere potencial para contribuir na redução de peso, controle glicêmico e possível diminuição de risco cardiovascular. Ensaios em andamento também apontam melhoria de parâmetros metabólicos, como pressão arterial, perfil lipídico, gordura visceral e triglicerídeos.

Benefícios metabólicos e cardiovasculares

A efetividade do tratamento com tirzepatida é maior quando seu uso está inserido em um contexto de acompanhamento multidisciplinar, com supervisão médica e nutricional contínua. Diretrizes de saúde evidenciam que a automedicação não é recomendada, pois pode resultar em riscos à saúde devido ao uso inadequado e à ausência de supervisão clínica. O medicamento é contraindicado para gestantes e para pessoas com histórico de neoplasias endocrinometabólicas, pancreatite, doenças hepáticas ou renais. Entre os efeitos adversos mais comuns estão náuseas, diarreia e constipação, geralmente de intensidade leve a moderada e mais frequentes durante o período de ajuste das doses. Reações graves são consideradas raras, mas o acompanhamento contínuo é indicado para a detecção precoce e o manejo adequado de possíveis complicações.

Segundo a endocrinologista Dra. Juliana Trova (CRM 208737/SP), “a eficácia, o controle dos efeitos colaterais e a segurança da medicação dependem de um acompanhamento médico”.

Riscos da automedicação e do efeito rebote

Estudos relatam que parte do peso perdido pode ser recuperado em até um ano, caso não haja acompanhamento e suporte adequados. O uso da tirzepatida não está indicado para fins meramente estéticos ou sem indicação clínica definida. O tratamento da obesidade deve ser individualizado, incorporando mudanças no estilo de vida, como revisão dos hábitos alimentares, prática regular de exercícios físicos e, se necessário, apoio psicológico.

Importância do acompanhamento médico e multidisciplinar

Estudos clínicos apontam que o sucesso do tratamento com a tirzepatida depende de monitoramento regular, ajustes de dose, avaliação de possíveis interações medicamentosas e acompanhamento de parâmetros clínicos, especialmente em pacientes em uso concomitante de outros antidiabéticos ou anti-hipertensivos. O tratamento exige assistência contínua de profissionais qualificados, de modo a identificar e manejar precocemente possíveis efeitos adversos.

DINO