Operação Visão: Gaeco prende Paulo Caetano, filha e mais dois em esquema de fraudes na CNH
O Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Maringá do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrou nesta quinta-feira (26) a Operação Visão, voltada ao combate de fraudes sistêmicas na renovação e obtenção de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) junto ao Detran do Paraná. A ação resultou em três prisões preventivas, quatro ordens de monitoração eletrônica, 14 mandados de busca e apreensão, além do afastamento de quatro servidores públicos e da suspensão das atividades de uma clínica médica.
A investigação apura crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e falsidade ideológica. Segundo o MP, o esquema envolvia servidores públicos, empresas do setor de trânsito e uma clínica médica localizada em Centenário do Sul. Durante as diligências, um CFC clandestino foi fechado e o médico João José Tavare, alvo da operação, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
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As ordens judiciais, expedidas pelas varas criminais de Sarandi, Santa Fé e Engenheiro Beltrão, foram cumpridas simultaneamente em oito cidades: Sarandi, Maringá, Santa Fé, Centenário do Sul, Lupionópolis, Engenheiro Beltrão, Peabiru e São Jorge do Ivaí. A operação contou com o apoio da chefia e da Unidade de Inspeção e Auditagem do Detran-PR.
As investigações tiveram início no segundo semestre de 2024 e avançaram em 2025, após o Gaeco identificar irregularidades em exames teóricos e médicos nas 86ª e 95ª Ciretrans, sediadas em Sarandi e Engenheiro Beltrão. A operação revelou que mesmo motoristas com reprovação em exames de visão conseguiam renovar a CNH após passarem pela clínica investigada.
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Entre os presos estão Paulo Caetano, proprietário de uma autoescola, sua filha Paula Santiago, Paulo Rogério Biliato e o médico João José Tavares. Dois dos investigados já possuem histórico criminal por fraudes relacionadas ao Detran.
O nome da operação “Visão” faz alusão às irregularidades nos exames oftalmológicos usados para burlar o sistema e liberar CNHs para motoristas inaptos.
