Criptografia: especialista explica como tecnologia funciona

A frase “as mensagens são protegidas com criptografia de ponta a ponta” aparece em aplicativos como o WhatsApp e diz respeito ao processo de codificar informações de forma que apenas pessoas autorizadas possam acessá-las. No contexto da segurança da informação, a criptografia transforma dados legíveis em códigos indecifráveis para proteger sua confidencialidade, integridade e autenticidade.
Em um exemplo prático, um usuário quer enviar uma mensagem secreta. É usado, então, uma “chave” para embaralhar a mensagem original, transformando-a em um código incompreensível ‒ isso é a criptografia. O destinatário, por sua vez, usa outra chave (ou a mesma, dependendo do sistema) para “desembaralhar” e entender a mensagem, processo chamado de descriptografia.
A explicação acima é de Junior Martins, CEO da Dono do Zap, empresa especializada em tecnologia e segurança para WhatsApp. Ele menciona que o mercado de criptografia de rede está em crescimento e deve alcançar um tamanho, em 2029, de cerca de US$ 6,9 bilhões (R$ 38,5 bilhões, na cotação atual), segundo previsão da Mordor Intelligence.
“Com o crescimento exponencial de ataques cibernéticos ‒ como roubo de identidade, vazamento de dados e espionagem digital ‒ a criptografia se tornou uma barreira essencial. Ela impede que invasores tenham acesso a informações sensíveis, mesmo que consigam interceptar os dados. Em outras palavras, mesmo se os dados forem capturados, estarão inutilizáveis sem a chave correta”, explica Martins.
O executivo ressalta que a criptografia não é exclusiva do WhatsApp. A tecnologia é usada em diferentes atividades do dia a dia e, em muitos casos, as pessoas não se dão conta da sua aplicação.
“A criptografia está presente quando acessamos um site com cadeado na barra de endereço (HTTPS), quando fazemos uma compra online com cartão de crédito, ao usar aplicativos bancários ou autenticação por biometria ou reconhecimento facial e ao guardar arquivos em serviços como Google Drive ou OneDrive”, diz Martins.
Na Dono do Zap, a criptografia é usada para proteger as informações dos usuários durante as consultas e acessos à plataforma da empresa. “Todos os dados trafegam por conexões com certificação HTTPS e criptografia de ponta a ponta, buscando garantir que nenhuma informação pessoal ou número consultado possa ser interceptado ou manipulado. Isso tem como objetivo assegurar total sigilo e confiança no uso da ferramenta”, afirma o CEO.
É comum também que governos façam da criptografia para fins militares, de modo a evitar que as mensagens sejam decifradas pelo inimigo. Antes mesmo da invenção da internet e do WhatsApp, a criptografia teve papel importante na Segunda Guerra Mundial, por exemplo.
O futuro da criptografia será moldado por três grandes frentes, acredita Martins. “A primeira está relacionada ao blockchain, que reforça a confiança digital com registros imutáveis e criptografia descentralizada. Em seguida, a internet das coisas (IoT), que exigirá algoritmos mais leves e eficientes para proteger bilhões de dispositivos conectados”, afirma.
A terceira frente é a inteligência artificial (IA), que será usada tanto para fortalecer algoritmos criptográficos quanto para tentar quebrá-los. “Isso levará ao desenvolvimento de criptografia quântica, uma nova geração de segurança digital”, diz Martins.
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