Câmara de Maringá: Contratar mais servidores é solução ou desperdício?

Câmara de Maringá: Contratar mais servidores é solução ou desperdício?

A princípio, a adequação do número de assessores na Câmara de Maringá pode até parecer um aumento de gasto desnecessário, mas não é bem assim. Maringá é uma cidade com aproximadamente 440 mil habitantes, centenas de bairros e um orçamento robusto de R$ 3,2 bilhões para 2025.

Veja como esse valor é distribuído:

Câmara Municipal: R$ 58,5 milhões

Prefeitura de Maringá: R$ 2,6 bilhões

Saúde: R$ 793 milhões

Educação: R$ 636 milhões

Fazenda: R$ 198 milhões

Procuradoria Geral: R$ 120 milhões

Infraestrutura: R$ 113 milhões

Maringá Previdência: R$ 545 milhões

IAM: R$ 17 milhões

IPPLAM: R$ 6 milhões

AMR: R$ 2 milhões

Só na área da saúde, Maringá investirá R$ 793 milhões em 2025. Isso representa um gasto diário de aproximadamente dois milhões, cento e setenta e dois mil, seiscentos e dois reais e setenta e quatro centavos. Em outras palavras, o orçamento anual da Câmara Municipal equivale a apenas 27 dias de investimento em saúde na cidade.

Esses números mostram que o valor destinado à manutenção de toda a estrutura legislativa é proporcionalmente muito pequeno, diante da grandeza do orçamento e das responsabilidades de fiscalização.

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Por diversas vezes faço críticas a este ou àquele vereador e continuarei fazendo sempre que necessário, mas não é nada pessoal. É uma cobrança legítima por mais resultados, mais compromisso e mais seriedade. Também é preciso reconhecer que, para cobrar mais trabalho, é fundamental oferecer melhores condições de trabalho.

É ilusório acreditar que um vereador sozinho dará conta de fiscalizar bilhões de reais em investimentos, obras, contratos e serviços. Para isso, ele precisa de uma equipe técnica qualificada, que possa pesquisar, redigir projetos, analisar documentos, visitar bairros, levantar dados, elaborar relatórios e atender a comunidade.

Portanto, ampliar o número de assessores não é gastar mais por gastar. É garantir que a Câmara tenha estrutura para exercer seu papel fiscalizador com mais qualidade e independência, protegendo o dinheiro do cidadão maringaense e garantindo que cada real seja bem aplicado. Uma cidade grande precisa de uma Câmara eficiente, e uma Câmara eficiente precisa de gente capacitada e em número suficiente para dar conta do recado.

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Sempre que necessário, criticamos vereadores e até a presidente da Câmara, sempre com isenção e responsabilidade. Mas, diante dos dados expostos, não há mais como ignorar: é urgente contratar mais pessoas e garantir que a população receba o atendimento que merece. Manter a estrutura atual é fechar os olhos para a realidade.

Como imprensa, nosso dever é falar a verdade, mesmo que, às vezes, isso não agrade políticos, empresários e até mesmo nossos leitores.

Créditos imagem da Mancahete: Marquinhos Oliveira Fotógrafio da Câmara









Redação O Diário de Maringá

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