Igrejas politizadas: Brasil flerta com fundamentalismo à moda Afeganistão

Igrejas politizadas: Brasil flerta com fundamentalismo à moda Afeganistão

Por Gilmar Ferreira

O Afeganistão é hoje um país marcado por um regime fundamentalista, comandado pelo Talibã, um grupo extremista que faz da religião a única base para todas as leis, costumes e decisões políticas. Depois de décadas de guerra, invasões estrangeiras e fracassos diplomáticos, o país mergulhou numa teocracia rígida, onde as liberdades individuais são esmagadas em nome de uma interpretação radical da fé. As mulheres perderam direitos básicos, a educação foi limitada e qualquer voz divergente é silenciada à força.

Padrinho de Luiz Neto parece não conhecer muito o afilhado?

Essa realidade parece distante para nós, brasileiros, mas é aqui que cabe uma reflexão: quando a religião se torna instrumento de poder partidário, o risco não é só de retrocesso político. É também de radicalização social. Podemos até achar que vamos virar uma Venezuela, mas, se não houver equilíbrio, podemos nos aproximar mesmo é de um Afeganistão, onde a fé deixa de ser espiritualidade e passa a ser arma de controle.

Jesus jamais defendeu o linchamento moral ou físico de quem pensa diferente. Ele pregou união, acolhimento, perdão, respeito e convivência. Usar seu nome para perseguir, humilhar ou governar à força de dogmas é negar o que ele foi. Num país plural como o Brasil, misturar púlpito e palanque não resolve nada, só divide ainda mais.

‘Recesso de descanso’ na Seduc

Se queremos fé viva, que ela esteja nos corações, não na cúpula do poder. Se queremos política justa, que ela seja feita por todos, sem a muleta de quem usa Deus como slogan. Não precisamos de um Brasil Talibã. Precisamos de um Brasil que respeite todas as crenças, inclusive o direito de não ter nenhuma. Esse é o verdadeiro espírito de união.

Redação O Diário de Maringá

Redação O Diário de Maringá

Notícias de Maringá e região em primeira mão com responsabilidade e ética

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *