Influenciadores milionários, povo enganado: a farsa da liberdade digital
Ser contra a regulação das big techs não é defender a liberdade. É, muitas vezes, por pura motivação ideológica, fechar os olhos para crimes, fraudes e abusos que se espalham pelas redes sem controle. Quando não há regras claras, pessoas são enganadas por perfis falsos que usam nomes de artistas, atores ou políticos. Grupos organizam ataques a escolas, vendem pacotes turísticos que nunca serão entregues, anunciam medicamentos contrabandeados ou sem registro na Anvisa, colocando vidas em risco.
Temos também vários influenciadores envolvidos em crimes, tudo pelo lucro fácil. A ostentação de uns é paga muitas vezes com o dinheiro de golpes que atingem milhares de outras pessoas.
O que está em jogo não é a liberdade de expressão, mas o uso irresponsável e lucrativo dessas plataformas. As big techs não são símbolo de liberdade. São máquinas de lucro fácil, que alimentam a desigualdade na própria internet. Enquanto alguns influenciadores ganham milhões repetindo discursos rasos para agradar marcas e patrocinadores, milhões de usuários comuns precisam pagar para que seus vídeos ou postagens sejam vistos.
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Sem regulação, o que se defende não é a liberdade de todos, mas o poder de poucos. É preciso ter coragem para enfrentar esse modelo que transforma mentira em negócio, manipula opiniões e lucra com a desinformação. Regular não é censurar. É garantir que a internet seja um espaço mais justo, seguro e transparente para quem realmente acredita na liberdade como valor coletivo e não apenas como argumento de marketing.
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Emissoras de rádio e TV, jornais online, portais de notícias, escolas de música, açougues, todos os tipos de segmentos têm regulamentação para poder prestar seus serviços. Por que motivo as big techs seriam as únicas a não ter algo que as regulamente?
