“Re-existir”: espaço terapêutico gratuito ajuda mães a reconstruírem suas histórias

“Re-existir”: espaço terapêutico gratuito ajuda mães a reconstruírem suas histórias
Projeto propõe encontros psicoterapêuticos quinzenais e rede de apoio afetiva para mulheres que enfrentam a maternidade sozinhas
A jornada da maternidade, por si só, já é um desafio intenso na vida de uma mulher. Quando essa experiência acontece sem uma rede de apoio, surgem novas dificuldades. O Brasil tem hoje cerca de 11 milhões de mães que criam seus filhos sozinhas, segundo dados do IBGE, e essa estatística cresceu aproximadamente 17% na última década.
Foi pensando nessas mulheres, que acumulam demandas emocionais, financeiras, sociais e identitárias, que nasceu o projeto “Re-existir” — uma iniciativa voluntária que oferece acolhimento terapêutico em grupo, com encontros quinzenais gratuitos, em Curitiba. A iniciativa será realizada no Ahú Espaço de Saúde e Desenvolvimento Corporativo, na Rua Francisco Scremin, 275. O início está previsto para o final de julho.
Fortalecimento mútuo e reconexão com a própria história
Idealizado pela psicóloga Daniele Figueiredo dos Santos (CPR 08-08129), com co-coordenação de Danielle Simas e apoio da neurofisiologista Adriana Banzzatto (CRM 18667), responsável pelo espaço onde vão acontecer as sessões terapêuticas, o projeto “Re-existir” busca criar um espaço de escuta, reconstrução e fortalecimento coletivo.
“Essas mulheres muitas vezes não têm tempo, rede de apoio ou recursos para cuidar de si mesmas. Os problemas se sobrepõem, e é difícil identificar dentro de si uma solução. O grupo surge como possibilidade de resgate, pertencimento e recomeço”, explica Daniele Figueiredo.
O poder da escuta e a redescoberta de si mesma
O grupo terapêutico “Re-existir” nasce como um convite: olhar para si, reconhecer dores silenciadas e se permitir existir novamente — com voz, com presença, com afeto. Durante dez encontros quinzenais, o grupo que será formado por até dez participantes, vai trabalhar a partir de vivências compartilhadas.
Como é dirigido para mães sem rede de apoio, eles podem trazer os pequenos aos encontros. E, enquanto elas participam das atividades terapêuticas, voluntárias cuidarão das crianças em atividades lúdicas no mesmo espaço. “Nossa intenção é eliminar uma das maiores barreiras à participação: com quem deixar os filhos”, salienta Daniele Figueiredo.
Além das rodas de conversa, o projeto convida as participantes a colaborarem com a doação de alimentos ou itens de higiene, que serão destinados a outras iniciativas sociais, promovendo uma corrente de cuidado e solidariedade.
Inscrições abertas
As inscrições estão abertas e podem ser realizadas diretamente com a psicóloga Daniele Figueiredo, pelo whatsapp: 41 9982-1525.
A iniciativa começa com uma turma, mas poderá ser ampliado conforme a necessidade de se acolher mais mulheres que queiram participar do projeto “Re-existir”.